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Atrair e reter talentos: que empresa não quer contar com os melhores profissionais à sua disposição? Se é isso o que você busca, precisa saber o que é employer branding e entender por que dar atenção a isso.

Adotar estratégias para fortalecer a employer brand de sua empresa vai fazer com que ela seja mais bem vista pelos seus funcionários. Algo que vai impactar sua produtividade e resultados e ainda fazer com que a empresa seja atraente para outros talentos que façam parte do mesmo mercado.

Neste post, vamos do conceito às estratégias para que você entenda melhor sobre o assunto e saiba por qual caminho seguir. Como fonte de inspiração, ao final da leitura você vai conhecer um interessante case de sucesso. Acompanhe!

Employer branding: do que estamos falando?

Employer branding

Traduzido para o português, o termo “marca empregadora” pode ser utilizado em referência ao conceito de employer brand. Sabemos, porém, que isso não é o suficiente para que seja fácil entender do que estamos falando.

Em uma tradução mais direta o significado de employer brand é marca do empregador. Na prática, trata-se da visão que os trabalhadores têm da marca de um determinado empregador.

Sendo assim, a ideia passa pelo entendimento de como os funcionários avaliam a sua empresa como local para trabalhar. Em outras palavras, employer brand é a reputação que a sua empresa ― ou o empregador ― tem na opinião de quem trabalha ou já trabalhou na organização.

Por sua vez, employer branding é o conjunto de estratégias que são adotadas para melhorar a employer brand, ou seja, para melhorar a avaliação que os funcionários fazem da empresa em que trabalham.

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Por que pensar em employer branding

Ainda que muitas mudanças tenham sido apresentadas à sociedade e ao universo corporativo ao longos dos anos, a propaganda segue sendo a alma do negócio ― ou, ao menos, uma das almas.

Ter isso em mente é importante para entender que a reputação da empresa na visão dos funcionários vai impactar a forma como outros trabalhadores enxergam a sua organização.

Se os funcionários que deixam sua empresa só têm coisas negativas a dizer, ou mais coisas negativas do que positivas, a imagem que se cria é ruim. Como consequência, você corre o risco de ter dificuldades para atrair bons profissionais.

Ainda, a atração de talentos não deve ser a única preocupação de um gestor. Reter os bons profissionais também faz diferença a favor do sucesso de um negócio.

Por isso, se internamente a visão que os funcionários compartilham da organização ou do empregador não é boa, cria-se um pretexto para que eles considerem mudar de emprego.

Employer branding como estratégia

Agora que você já sabe o que é employer brand e employer branding com base em seus conceitos, podemos avançar aprofundar no entendimento do assunto no que diz respeito à estratégia.

Employer branding, como mencionado, é um conjunto de medidas, técnicas e ferramentas que podem ser adotadas para fazer com que os funcionários tenham uma visão positiva de sua empresa.

Quando bem empregada, a estratégia do employer branding faz com que os profissionais entendam que é bom para a sua carreira ― e também para a sua vida pessoal ― buscar uma oportunidade na empresa e tentar manter-se nela.

Ressaltamos que também há um lado pessoal e não apenas profissional para deixar claro que employer branding é algo que vai muito além de oferecer bons salários. Foi-se o tempo em que o dinheiro era o único fator para que um profissional optasse por esta ou por aquela organização.

Isso porque melhorar o employer brand tem por objetivo aumentar o nível de satisfação dos trabalhadores que fazem parte do quadro de funcionários ou que prestam serviço para sua empresa.

Investir em clima organizacional, otimização da comunicação interna, plano de carreira e até em gestão de benefícios são algumas das estratégias que podem ser adotadas para elevar a avaliação da sua marca empregadora.

Para facilitar ainda mais o entendimento, considere que o employer branding é uma forma de vender a marca da sua empresa para os que nela trabalham. Não (apenas) para que sejam consumidores, mas para que vistam a camisa e queiram oferecer o seu melhor diariamente.

Vira e mexe, nos deparamos com listas como as 25 empresas mais desejadas para trabalhar no mundo em que gigantes globais se destacam. Guardadas as devidas proporções, a premissa do employer branding deve ser fazer com que, em seu mercado, a sua empresa se destaque entre aquelas em que os profissionais sonham em trabalhar.

Para tanto, é preciso preocupar-se com a experiência que os funcionários têm em sua empresa após serem contratados. Em outras palavras, o trabalho do setor de Recursos Humanos (RH), sob orientação do gestor, deve seguir depois da admissão e da integração, visando a criação de um ambiente positivo de trabalho.

Vale a pena saber: alguns dados sobre employer branding

Com tudo o que apresentamos até o momento sobre empolyer branding, você pode ter informações suficientes para entender a importância do conceito e da estratégia por trás do termo.

Abraçar uma ideia que envolve planejamento, esforço, investimento de tempo e de recursos, porém, não é uma decisão fácil. Quem gere uma empresa tem bons motivos para analisar cautelosamente cada sugestão ou novidade que lhe aparece.

Por isso, consideramos válido separar alguns dados interessantes que podem motivar você a incluir o employer branding na lista de ações estratégicas de sua empresa. Confira:

  • 96% dos empregadores acredita que o employer branding pode afetar positiva ou negativamente a receita da empresa (Career Arc);
  • 92% dos trabalhadores consideraria mudar de emprego se recebessem uma oferta de uma empresa com excelente employer brand (CR Magazine);
  • 84% dos que buscam uma oportunidade de emprego afirmam que a reputação de uma empresa na visão de seus funcionários é importante (Ug Executive);
  • 78% dos candidatos avalia que sua experiência durante o processo de seleção é um indicativo de como os funcionários são tratados (Talent Adore) ― a employer branding se aplica desde, ou até mesmo antes, do primeiro contato direito;
  • 64% dos clientes parou de consumir uma marca após saber que a empresa tem uma política fraca de tratamento a seus funcionários (Career Arc);
  • 50% dos candidatos alegam que não trabalhariam em uma empresa com employer branding ruim mesmo diante da oferta de melhores salários (Ug Executive);
  • 28% menos turnover é a taxa que se pode alcançar com o investimento em estratégias de employer branding (Office Vibe).

Dados como estes merecem ser conhecidos porque são obtidos por meio de pesquisas devidamente elaboradas para orientar a tomada de decisões de gestores. Mas ainda é possível saber mais!

Benefícios de adotar estratégias de employer branding

De forma geral, os benefícios da adoção de estratégias de employer branding já foram “pincelados” ao longo do conteúdo. Convém, porém, reuni-los para facilitar sua análise.

Atração de talentos

Uma empresa com boa reputação como marca empregadora, ou seja, com uma employer brand positiva, tem melhores chances de conseguir atrair talentos.

Uma breve pesquisa na internet revela que, não raro, especialistas em recrutamento e seleção mencionam a falta de qualificação dos profissionais como um desafio real. Algumas áreas, como a da tecnologia da informação (TI), sofrem mais com o problema do que outras.

Em todo caso, porém, é objetivo comum aos empregadores fazer o possível para contar com os melhores profissionais que o mercado pode oferecer. Com isso em mente, convém saber que as relações de emprego ou de trabalho são relações de troca: a empresa precisa do profissional e o profissional precisa de uma oportunidade.

Sendo assim, ambas as partes têm questões a avaliar para tomar sua decisão. Uma employer brand positiva pesa a favor da empresa e faz com que os profissionais do mercado estejam mais propensos a se candidatar às suas oportunidades e a integrar seu banco de talentos.

Lembra-se do dado que informa que 92% dos trabalhadores aceitaria trocar de emprego se um cargo lhes fosse oferecido por marca empregadora de boa reputação?

Com isso, a adoção de estratégias de employer branding faz com que uma empresa tenha vantagens sobre as concorrentes mesmo quando falamos de profissionais já empregados.

Redução no custo de recrutamento

Ao abrir uma vaga, sua empresa precisa investir para anunciá-la. É possível fazer divulgações gratuitas por meio de plataformas como o Facebook e até em posts do LinkedIN.

Entretanto, buscando atingir um número maior de pessoas e, em especial, profissionais qualificados, é necessário desembolsar uma verba para promover anúncios.

Se as estratégias de employer branding favorecem a formação de um banco de talentos, bem como tornam a empresa mais atrativa, a tendência é que se gaste menos com o recrutamento.

Vale considerar, inclusive, que funcionários que têm uma visão positiva da empresa em que trabalham são mais dispostos a “fazer propaganda” e anunciar vagas em aberto. Algo que também tende a agilizar o processo e contribuir para a redução de custos.

Melhoria do clima, motivação e produtividade

É comum associar o employer branding a um tipo de marketing voltado para os funcionários. Quem não entende bem o conceito de marketing pode pensar que tudo não passa de uma espécie de propaganda só para tentar vender uma ideia.

A verdade, porém, é que a adoção de estratégias de employer branding precisa ir além de palavras. A empresa precisa, de fato, investir em mudanças e colocá-las em prática para que sejam vivenciadas e sentidas por seus funcionários.

Uma vez que isso acontece, os profissionais tendem a se sentir mais à vontade em seu ambiente de trabalho e mais valorizados já que entendem que a empresa se preocupa com seu bem-estar.

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Como consequências, estão a melhoria do clima organização e o aumento da motivação para o trabalho que, por sua vez, favorece a produtividade e a conquista de resultados.

Redução do turnover

Empregador nenhum gosta de lidar com um turnover elevado, ou seja, com a alta rotatividade de funcionários. Isso porque rescisões contratuais são processos burocráticos que tomam tempo e implicam no pagamento de verbas ao trabalhador que se desliga da empresa.

Depois de uma rescisão, a empresa pode precisar lidar com uma equipe mais enxuta até encontrar um substituto, algo que pode afetar a dinâmica de trabalho e os resultados.

Ainda, o processo de recrutamento e seleção também toma tempo e demanda investimentos. A admissão tem suas burocracias e ainda é preciso considerar o período de integração e, em alguns casos, o treinamento do novo profissional.

Tudo isso faz com que a alta rotatividade seja capaz de afetar negativamente o desempenho e a lucratividade de uma empresa. Por isso, tentar evitá-la é uma decisão natural e o investimento em employer branding vai ajudar.

Employer branding como estratégia: dicas para a adoção

Sair da zona de conforto, promover mudanças e experimentar algo diferente do que estamos acostumados é desafiador.

Quando falamos de employer branding, não consideramos algo como adoção de um novo software ― ainda que o uso de novas tecnologias possa favorecer a avaliação da marca empregadora. Falamos de estratégias que vão impactar a relação entre pessoas e isso pode ser bastante delicado.

Sabendo disso, a adoção do employer branding precisa ser bem planejada e elaborada. Algo que deve ser feito com ampla participação do RH e a partir de análises e da identificação de objetivos.

Comece avaliando o cenário atual

É provável que, enquanto lia este conteúdo, você tenha se lembrado de alguns pontos que podem ser trabalhados em sua empresa para melhorar sua avaliação de marca. Esse é um ótimo começo!

Entretanto, não convém simplesmente presumir o que parece não ir bem para tentar descobrir o que mudar. É preciso coletar dados e informações sobre o cenário atual para entender os principais pontos de melhoria e quais devem ser as prioridades de sua empresa.

Para fazer isso, você pode se valer de estratégias como orientar a realização de conversas entre funcionários e seus líderes, assim como do RH com profissionais que estejam se desligando voluntariamente da empresa.

A ideia é colher feedbacks de quem vive o dia a dia da empresa. Algo que deve ser feito com profissionalismo, deixando claro para os trabalhadores que ninguém será punido por fornecer críticas construtivas.

Outra estratégia é avaliar a employer branding pelos olhos de quem já deixou a empresa, algo que pode ser feito por meio de sites como o Glassdoor. Basta fazer um cadastro simples, pesquisar o nome da empresa e ver quais prós e contras os ex-funcionários compartilharam com a plataforma.

Ainda, até mesmo os relatórios de softwares de gestão e similares podem ajudar. Uma empresa que usa o aplicativo Tangerino para controle de ponto, por exemplo, consegue avaliar a frequência de atrasos e faltas na empresa.

Com isso, tem base para investigar se o clima organizacional está ruim a ponto de fazer com que os profissionais não se sintam motivados a comparecer ao trabalho. Atenção: nem sempre atrasos e faltas acontecem por essa razão, é apenas uma possibilidade a ser considerada.

Defina seus principais objetivos

Pode ser que a ideia de investir em employer branding lhe seja muito animadora e que você deseje implementar várias estratégias. Isso é um bom sinal de compromisso com melhorias, mas é preciso se planejar bem.

Não é adequado tentar fazer tudo ao mesmo tempo. Assim, com base na análise realizada sobre o cenário atual da empresa, o passo seguinte é definir os principais objetivos e estabelecer um processo para alcançá-los.

Se sua empresa tem turnover elevado e é pouco atrativa para os profissionais, pode ser mais interessante começar resolvendo os problemas internos antes de tentar investir na construção de uma imagem mais positiva para o público exterior.

Uma vez que os objetivos forem identificados, defina quem são os agentes que vão participar da implementação das estratégias, quais as etapas a serem seguidas, como fazer e quais métricas vão ser adotadas para avaliar os resultados.

As lideranças escolhidas para participar de cada processo devem ser bem preparadas. Quanto a isso, um dos fatores importantes é investir em uma comunicação clara, objetiva e precisa. Isso porque quanto mais simples for a mensagem, mais fácil será a sua propagação pela empresa.

Em outras palavras, é importante que os funcionários entendam o que a empresa busca com as estratégias adotadas para que recebam de forma positiva as mudanças.

Ainda que o employer branding vise tornar a empresa um lugar melhor para se trabalhar, inicialmente pode não ser tão fácil para os funcionários entenderem essa questão e enxergarem o potencial das mudanças.

Determine seu foco

A adoção de estratégias de employer branding precisam impactar toda a empresa. Entretanto, pode ser necessário apostar em um processo gradual que faz com que seja necessário definir um foco para começar.

Dentro de uma empresa, é comum que determinado grupo de profissionais ocupem cargos ou exerçam funções mais estratégicas do que outros. Em geral, é por eles que passam processos mais importantes e são eles os agentes que contribuem mais ativamente para o dinamismo e o fluxo de trabalho.

Profissionais estratégicos por vezes estão em posição de liderança ou destaque. Por essa razão, também têm capacidade de influenciar os demais. Com isso em mente, tê-los como foco inicial de um processo de mudança de employer branding pode ser uma boa estratégia.

Acompanhe, mensure e faça adequações

Como toda estratégia que é implementada, seu planejamento de employer branding precisa ser acompanhado e mensurado ao longo de sua implementação.

Essa coleta de dados vai permitir que você possa fazer as adequações necessárias em medidas que não surtiram o efeito esperado ou que, na prática, encontram entraves que não foram previstos em teoria.

É importante lembrar que, uma vez que a estratégia de employer branding passar a compor a política da empresa, novas avaliações devem ser feitas de tempos em tempos.

Pessoas, empresas e suas demandas evoluem. Assim, modificações podem se fazer necessárias para garantir que a empresa construa e mantenha uma employer brand forte.

Para se inspirar: case de sucesso de employer branding

Existem diferentes cases de sucesso de empresas que adotam medidas para fortalecer sua employer brand. Um deles é o da Netflix, a mais famosa empresa de streaming de séries e filmes do mundo.

Não mencionamos a fama da empresa à toa. É certo que algo assim já é, por si só, um atrativo para que as pessoas queiram trabalhar ali. Acontece, porém, que é comum que esse destaque “force” empresas como a Netflix a inovar em estratégias de valorização dos funcionários e fortalecimento de sua marca empregadora.

Sendo assim, mencionar algumas de suas estratégias pode ser interessante para que você abra a mente quanto àquilo o que pode ser feito para fazer sua empresa ser cobiçada pelos profissionais.

A licença maternidade é um direito garantido pela CLT e aparece entre as principais licenças previstas pela legislação trabalhista. O período de afastamento das mamães, sem prejuízo de salário, pode variar entre quatro (120 dias ) e seis meses (180 dias).

Para os pais, a licença prevista pelo artigo 473 da CLT é de apenas um dia, mas é possível que a participação do empregador no programa Empresa Cidadã aumente este período para 20 dias.

Essas regras variam de acordo com cada país. Em todo caso, a Netflix se destaca por sua política de licença parental que dá aos pais uma licença por tempo ilimitado durante o primeiro ano de nascimento de seus filhos.

Com isso, em meio ao debate de que mães e pais podem se beneficiar de passar mais tempo com seus bebês e vice-versa, a Netflix tem uma estratégia de atração e retenção de talentos. Em outras palavras, uma interessante medida de employer branding.

É certo que sua empresa não precisa começar com algo tão inovador assim. Por isso, para melhorar sua marca empregadora, a análise e o planejamento em busca de ações que sejam adequadas às necessidades e possibilidades da empresa deve ser seu ponto de partida.

Gostou do post? Leia também sobre a importância do capital humano para a sua empresa e amplie seus conhecimentos sobre a relação entre o empregador e seus funcionários!

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