Gestão de Riscos: Por Que e Como Aplicar Em Sua Empresa?
Tempo de Leitura: 15 minutos A gestão de riscos empresariais é um conjunto de estratégias e táticas que visam identificar, classificar, mitigar ou mesmo evitar os riscos. Ela essencial para o funcionamento e a manutenção do negócio.
Ter um bom planejamento empresarial é condição indispensável para o sucesso. No entanto, nem tudo acontece conforme o esperado, pois há fatores internos e externos que comprometem a execução de tarefas e o alcance de resultados. Para agir sobre essas ocorrências e torná-las, ao menos, minimamente previsíveis é que existe a gestão de riscos.
O conjunto de ações previsto nesse gerenciamento é determinante para evitar perdas e até para melhorar o aproveitamento de condições por parte da companhia.
Para que tudo isso seja possível, é preciso usar ferramentas adequadas, criar uma estratégia e implementar o compliance.
Quer entender o que fazer para aplicar essa gestão na realidade do seu empreendimento? Continue a leitura e veja o que fazer!
- O que é gestão de riscos?
- Quais são as formas de fazer gestão de riscos?
- Quais são os benefícios do gerenciamento de riscos?
- Qual é o papel do RH nessa gestão?
- Qual a relação entre gestão de riscos e compliance?
- Quais são as ferramentas e estratégias de gestão de riscos?
- Como implementar a gestão de riscos?
O que é gestão de riscos?
A gestão de riscos empresariais é um conjunto de táticas e estratégias que visam identificar, classificar, mitigar ou mesmo evitar os riscos. Ela essencial para o funcionamento e manutenção do negócio.
Na prática, esses riscos representam ameaças ou incertezas que podem causar prejuízos ou impedir a obtenção de condições favoráveis do cenário por parte da empresa.
Sendo assim, é preciso ter atenção para garantir que a companhia conheça essas situações e possa se preparar para elas.
É importante notar que os riscos não são apenas sistêmicos. Eles também podem acontecer de maneira localizada, como em um setor, em um projeto, em um processo específico e assim por diante.
O ideal é que o gerenciamento aconteça em todos os níveis, até mesmo para evitar que os efeitos se propaguem.
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Quais são as formas de fazer gestão de riscos?
Tão importante quanto saber o que significa a gestão de riscos é entender que ela não é feita de apenas uma maneira.
Há mais de uma forma de colocá-la em prática, porque os riscos do negócio são variáveis.
Um gerenciamento de risco geral considera todos os aspectos ligados a setores e etapas específicas.
Contudo, faz mais sentido observar esse gerenciamento de forma segmentada, até mesmo para saber como agir em cada caso. Por isso, veja quais são as maneiras de gerenciar os riscos em uma empresa!
Riscos de mercado
O risco de mercado pode ser entendido de diversas maneiras, pois envolve a relação da companhia com o setor que ela ocupa e sua interação geral com o ambiente de negócios.
Sendo assim, o gerenciamento desse tipo considera questões como o nível de competitividade e as chances de um concorrente superar ou afetar o negócio, por exemplo.
Também é preciso pensar em questões como os fornecedores, os custos de matéria-prima, a disponibilidade dela, a demanda pelos produtos por parte do público e assim por diante.
Negócios que fazem parte da bolsa de valores ainda devem dar atenção às possíveis flutuações no preço de negociação das ações, por exemplo.
Riscos de crédito
Já o risco de crédito está relacionado ao risco de inadimplência da carteira de clientes.
Quanto maior for esse risco, maiores são as chances de os clientes ou contratantes atrasarem ou não efetuarem os pagamentos.
Isso pode afetar o equilíbrio do fluxo de caixa e mesmo a continuidade do empreendimento.
A situação costuma se tornar mais contundente diante de crises econômicas. Tanto negócios B2B (que vendem para outras empresas) quanto negócios B2C (que vendem para o cliente final) são afetados, pois as dificuldades financeiras do mercado costumam ampliar a inadimplência. Nesse caso, o gerenciamento de riscos deve se tornar ainda mais intenso.
Riscos operacionais
Os riscos operacionais são predominantemente ligados à estrutura interna. Eles estão atrelados a falhas, perdas ou deficiências que podem ocorrer na estrutura interna do negócio, no momento de execução das tarefas que levam à construção do valor desejado.
Uma fábrica pode sofrer com isso quando uma máquina quebra ou dá origem a excessivos produtos com qualidade não conforme, por exemplo.
Mesmo os setores de DP e RH podem estar relacionados. Uma falha na gestão de controle de ponto pode gerar uma folha de pagamento incorreta e mais cara que o que era realmente devido.
Riscos de segurança
Os riscos de segurança podem ser classificados de diversos modos, dependendo da óptica observada.
Em relação à segurança do trabalho, os riscos decorrem de acidentes que podem ocorrer, bem como doenças ocupacionais e do trabalho.
Também é possível falar a respeito da segurança de dados e da informação, especialmente diante do uso de recursos digitais.
Escolher uma plataforma pouco segura pode resultar em invasões e vazamentos de dados, causando dificuldades e perdas para a instituição.
Riscos financeiros
Os riscos financeiros dizem respeito tanto à gestão de recursos quanto à estrutura de sua obtenção.
Primeiramente, um negócio que depende de poucos clientes apresenta um alto risco financeiro, pois cada um apresenta grande impacto nos resultados.
A perda desses contratos ou dessas vendas, portanto, afeta diretamente o fluxo de recursos.
Além disso, é preciso pensar na administração dos recursos e na sua disponibilidade. Não usar ferramentas de controle e acompanhamento, como o fluxo de caixa, não ter um orçamento e não realizar auditorias são problemas que podem gerar grandes perdas.
Dependendo da situação, são riscos que podem inviabilizar a continuidade do negócio no mercado.
Um acontecimento que engloba vários dos riscos citados acima é a pandemia do novo coronavírus. As empresas enfrentaram problemas dos mais variados tipos, sendo necessário aprender a lidar com esses riscos diariamente.
Conversamos sobre os desafios de empreender em meio à crise global da covid-19. Confira!
Riscos fiscais
Toda empresa está sujeita ao pagamento de impostos de acordo com certas regras, como o regime de tributação escolhido e o modelo de contrato dos colaboradores.
O risco fiscal existe diante do não pagamento adequado ou no prazo dos tributos devidos, incorrendo em irregularidades fiscais.
Isso pode se dar por uma contabilidade mal estruturada, por um fluxo inadequado de informações ou mesmo por uma ação deliberada de sonegação.
Também é um risco grave no gerenciamento, já que pode causar grandes problemas para o empreendimento.
Riscos legais
Não menos importantes, os riscos legais dizem respeito ao cumprimento da legislação vigente e aplicável ao negócio.
Ou seja, além de observar regras comuns a todos os empreendimentos, é indispensável acompanhar quais são as definições específicas para o negócio e para o setor.
Os riscos desse tipo podem se concretizar de diversas formas, como o descumprimento de leis trabalhistas.
Os riscos aparecem em diversos graus, dependendo das regras não atendidas e podem gerar graves consequências, como o ingresso de processos.
Quais são os benefícios do gerenciamento de riscos?
Outra justificativa para saber o que é a gestão de riscos envolve o impacto positivo que o processo pode causar.
Graças ao reconhecimento e ao manejo dessas situações que podem se concretizar, a empresa se beneficia em curto, médio e longo prazo.
Para entender por que o seu negócio precisa desse tipo de abordagem, veja quais são as maiores vantagens de gerenciar os riscos corretamente!
Diminui a possibilidade ou a ocorrência de perdas
Um dos principais efeitos da concretização de riscos é a perda — normalmente, financeira.
Isso se dá porque situações indesejáveis que ocorrem afetam a conquista de resultados e podem fazer com que seja necessário desembolsar um valor acima do esperado.
Com a gestão de riscos, é possível identificar esses riscos e agir para reduzir as chances de eles se concretizarem.
Com uma atuação proativa, portanto, é possível impedir que as perdas ocorram, o que ajuda a manter reduzir os custos.
Com gastos gerais menores, a redução de perdas também é essencial para melhorar a lucratividade. Dessa maneira, é possível melhorar a atuação financeira da instituição.
Reduz os impactos de imprevistos
Um aspecto que é importante entender é o fato que o gerenciamento de riscos não evita a ocorrência deles, necessariamente.
Porém, é possível diminuir os impactos de situações atípicas ou imprevistas.
Primeiramente, isso acontece porque há um reconhecimento amplo da situação, sendo possível entender o que pode ocorrer em diversos níveis e em vários cenários.
Esse reconhecimento ajuda a empresa a se preparar, sem ser surpreendida.
Principalmente, a gestão de riscos é determinante para criar um plano de mitigação. Dessa forma, há como agir para que possíveis efeitos negativos sejam contidos antes que se propaguem.
Mantém a empresa em situação regular
Como visto, muitos riscos empresariais estão ligados ao cumprimento de regras e de determinações legais.
Sendo assim, a ocorrência de situações indesejadas não apenas gera perdas, como faz com que a empresa não atenda às definições obrigatórias.
Uma boa gestão de riscos, portanto, é fundamental para garantir que o negócio se mantenha regular e legalizado.
Assim, evitam-se problemas com a fiscalização e as diversas sanções que podem ocorrer, por exemplo.
Favorece a tomada de decisão
O gerenciamento efetivo de riscos também é importante para que a gestão empresarial ocorra de forma direcionada.
Graças ao levantamento dos riscos e ao plano de mitigação existente, compreende-se como é necessário agir em diversas situações. Com isso, a tomada de decisão passa a ser mais embasada.
Pense, por exemplo, no gerenciamento da folha de ponto. Ele precisa ser realizado de forma estratégica e seguindo as boas práticas e as regras definidas pela legislação.
Nesse caso, a contratação de um software qualificado é uma forma de atingir os objetivos e reduzir os riscos. Portanto, é possível saber qual decisão tomar para gerar um impacto positivo.
Já que pode atuar como direcionamento de atuação, a gestão de riscos também reduz as chances de erros quanto ao processo decisório. Portanto, há um aproveitamento melhor dos recursos e das condições do mercado.
Amplia o nível de competitividade
Uma companhia que se preocupa com os riscos de modo proativo, normalmente, entrega uma competitividade maior.
Isso acontece, primeiramente, porque os riscos evitados permitem executar processos de forma mais estruturada, o que pode levar a um aumento da qualidade.
O aumento na lucratividade também ajuda a investir em melhorias, o que permite que o negócio entregue um desempenho melhor.
Na prática, tudo isso gera impactos que costumam ressoar no posicionamento de mercado e na performance geral.
Além disso, a empresa se torna mais resiliente às questões externas e internas, mesmo que não estejam sob seu controle.
Com isso, há um aumento na robustez, o que favorece a permanência no mercado.
Aumenta o nível de governança corporativa
A governança corporativa pode ser definida como o bom relacionamento que uma empresa apresenta com seus fornecedores, acionistas e stakeholders.
Ela envolve transparência, comunicação e atendimento a boas práticas — e tudo isso está relacionado à gestão de riscos.
Quando ela é feita corretamente, as decisões são tomadas de forma estruturada e é possível garantir que tudo seja seguido conforme as regras, boas práticas e leis definidas.
Como consequência, o gerenciamento é favorecido e a governança é positivamente impactada.
Tudo isso é essencial para se posicionar de uma forma mais confiável, estabelecendo relacionamentos internos e externos favoráveis.
Assim, pode-se garantir uma atuação mais consistente e adequada aos objetivos.
Qual é o papel do RH nessa gestão?
Existe uma crença incorreta de que a gestão de riscos é tarefa apenas da alta cúpula da empresa.
Na verdade, todos os setores têm influência e áreas como RH e DP são ainda mais importantes.
Primeiramente, o RH pode ajudar a criar uma cultura focada no gerenciamento de riscos por parte de todos.
Quando todos se comprometem com a questão, há menos chances de um risco passar despercebido, por exemplo.
Além disso, é importante que todos estejam conscientes da importância do tema, em especial as lideranças e os responsáveis pelas decisões.
O RH pode ajudar a desenvolver processos nesse sentido e a reforçar a cultura ligada à proatividade e prevenção.
Outro ponto importante é que o RH e a área de DP podem ser focados em evitar determinados riscos — como legais, fiscais ou de segurança.
Um sistema de controle de ponto digital, por exemplo, ajuda a garantir o cumprimento das regras trabalhistas, diminuindo falhas humanas e evitando perdas.
Portanto, setores de RH e DP podem ser determinantes para a gestão de riscos localizada e também para uma atuação integrada com todo o negócio.
Qual a relação entre gestão de riscos e compliance?
Atualmente, falar de gestão de risco também significa abordar a área de compliance e seus efeitos.
De forma simples, o setor de compliance busca alinhar a atuação da empresa, dentro de determinados parâmetros — inclusive, éticos.
O objetivo é que todos sigam normas e procedimentos internos, os quais estão em conformidade com as melhores práticas e com as regras externas.
Portanto, adotar o compliance é determinante para a gestão de riscos. Quanto mais forte for a atuação nesse sentido, menores tendem a ser os riscos de diferentes naturezas.
Afinal, significa que processos e pessoas estão alinhados com critérios positivos quanto à condução de etapas.
Logo, a adoção de compliance pode se tornar um fundamento de apoio ao gerenciamento efetivo de riscos, até mesmo por eliminar as causas dessas ocorrências.
Quais são as ferramentas e estratégias de gestão de riscos?
Como você viu, a relação entre gestão de riscos e compliance deve ser fortalecida para ter total conformidade de atuação.
Por isso, é importante que o gerenciamento seja executado de maneira estratégica, o que significa recorrer a algumas ferramentas que podem ajudar a tornar a atuação mais efetiva.
Na sequência, confira algumas ferramentas e estratégias que podem ser adotadas para uma gestão de riscos de sucesso!
Matriz SWOT
A matriz SWOT, também conhecida como matriz FOFA, é uma ferramenta de qualidade que também pode ser usada para identificar e gerenciar os riscos. Ela consiste em levantar quatro pontos principais:
- forças (strenghts);
- fraquezas (weaknesses);
- oportunidades (opportunities);
- ameaças (threats).
As forças e fraquezas são internas e, portanto, dependem apenas do negócio. É possível trabalhá-las para reduzir o potencial de perdas e melhorar a atuação no mercado, gerando resultados positivos.
Já as ameaças e oportunidades são externas e precisam de ainda mais atenção. Como podem se concretizar independentemente da vontade do negócio, é preciso estar preparado para aproveitar os aspectos positivos e para mitigar possíveis cenários indesejáveis.
Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa também é conhecido como análise de causa raiz, porque ajuda a entender os motivos que levam à ocorrência de uma determinada situação.
Essa avaliação, inclusive, considera a participação de diferentes setores, o que ajuda a entender como esses elementos conversam entre si.
Para usá-lo é preciso definir o risco no ponto central e, depois, utilizar setas considerando setores como equipamentos, pessoal, métodos e materiais.
Por isso, é especificamente interessante para avaliar riscos operacionais e ligados a questões internas.
O objetivo é listar todas as causas relacionadas a cada setor, para compreender onde atuar em cada segmento.
Porém, também é possível adaptar os setores utilizados, de acordo com a necessidade da empresa e das características do risco.
Matriz de probabilidade e impacto
Na hora de fazer a gestão de riscos, a matriz de probabilidade e impacto é uma das ferramentas mais importantes.
Ela consiste em montar uma espécie de tabela, dividindo linhas ou colunas para a probabilidade de ocorrência de um risco e para a intensidade dos problemas.
A probabilidade é dividida entre baixa, média ou alta. Já o impacto se divide entre baixo, moderado ou catastrófico.
A partir da construção dessa matriz, é possível posicionar o risco e avaliá-lo em termos de prioridade.
Nesse caso, a baixa prioridade fica para os riscos posicionados da seguinte maneira:
- baixa probabilidade e baixo impacto;
- média probabilidade e baixo impacto;
- baixa probabilidade e médio impacto.
Já os riscos de prioridade moderada são:
- alta probabilidade e baixo impacto;
- média probabilidade e médio impacto;
- baixa probabilidade e alto impacto.
Já os riscos prioritários são aqueles classificados como:
- alta probabilidade e médio impacto;
- média probabilidade e alto impacto e
- alta probabilidade e alto impacto.
Portanto, quanto mais à direita e mais acima estiver o risco, maior deve ser a atenção dedicada ao risco.
Assim, é possível direcionar os recursos e esforços ao que é considerado mais relevante para os resultados.
Análise Preliminar de Risco
A Análise Preliminar de Riscos, também conhecida como APR, é uma das principais e mais completas ferramentas para gerenciar riscos.
Ela consiste em um mapeamento completo dos riscos identificáveis de uma empresa, considerando características relevantes sobre eles.
Tudo começa com uma listagem de todos os riscos, podendo incluir toda a empresa ou apenas alguns setores ou processos.
A partir do reconhecimento dos riscos, é necessário identificar suas causas e suas possíveis consequências. Depois, é necessário indicar o grau de gravidade do risco, entre:
- não grave;
- moderado;
- grave.
Também pode ser o caso de identificar qual é a dificuldade de detectar o risco, caso ele aconteça.
Junto a outras ferramentas, o APR ajuda a traçar um plano completo e com prioridade de atuação sobre os riscos mais relevantes.
Análise da Árvore de Falhas
A Análise de Árvore de Falhas (AAF) permite entender todas as ramificações de situações ocorridas na empresa, como a concretização de um risco.
Em geral, é feita com base em processos específicos, como uma etapa que foi identificada como mais arriscada, por exemplo.
A montagem é visual e, depois de identificado o risco, criam-se ramificações, com as possíveis explicações para sua ocorrência. É interessante apresentar a probabilidade de cada hipótese se concretizar.
A partir dessa estrutura de topo, cada elemento deve ser ramificado em outros pontos e causas.
Assim, é possível entender tanto as consequências de um erro inicial até o risco concretizado, bem como quais são as situações mais prováveis.
What If
Outra ferramenta bastante utilizada é conhecida como “What If”, expressão que pode ser traduzida como “E se…”.
O objetivo é identificar o que aconteceria diante da concretização de uma situação indesejável e que pode gerar consequências.
É o caso de perguntar “E se a folha de pagamento for gerada incorretamente?”, “E se as boas práticas de compliance não forem atendidas?”, “E se o controle de ponto não for feito de modo efetivo?” e assim por diante.
Dessa maneira, pode-se saber quais são os impactos de uma determinada situação, entendendo quais podem ser os prejuízos, por exemplo.
É uma forma de avaliar riscos já conhecidos, entendendo se eles são muito intensos ou se não demandam tanta atenção, por exemplo.
5 Porquês
O método dos 5 Porquês é uma estratégia simples, mas efetiva, para identificar as causas de problemas e de riscos existentes.
A ideia é montar uma planilha, onde a primeira coluna conta com o problema ou risco identificado.
Então, é preciso se perguntar por que a situação acontece e registrar a resposta na coluna ao lado.
Idealmente, a indicação é fazer a pergunta 5 vezes, exatamente para entender o cerne da questão e como lidar com a situação para evitar todos os efeitos decorrentes.
No entanto, apesar do nome, fazer 5 vezes a pergunta não é obrigatório. Dependendo da situação, uma repetição será suficiente.
Em outros casos, entretanto, é preciso perguntar mais do que 5 vezes para compreender o cenário.
A mitigação dos riscos e a resolução dos problemas é mais efetiva se for feita diretamente na causa e, depois, nos processos que ainda permanecerem.
Imagine a identificação do risco quanto ao controle de ponto. Ao fazer os 5 porquês, chega-se à conclusão que o fato de que o processo manual gera todos os outros problemas.
Por isso, é mais interessante pensar na contratação de uma solução tecnológica, como uma plataforma, para resolver essa questão. Depois, os outros pontos podem ser ajustados para eliminar os erros e os riscos já mapeados.
Como implementar a gestão de riscos?
Sabendo da importância da gestão de riscos e o que ela pode causar no negócio, é fundamental entender como executá-la.
Assim, é possível melhorar a sua atuação e consolidar mais segurança para a continuidade do negócio.
Embora esse processo seja específico para cada empreendimento e suas necessidades, alguns passos costumam ser comuns.
Veja quais são os pontos essenciais para gerenciar os riscos!
Identifique os riscos
O primeiro passo consiste em fazer um diagnóstico completo da situação. A ideia é entender quais são os riscos existentes em um setor, em um processo ou em toda a empresa.
Para esse reconhecimento, é possível fazer um brainstorming com os principais envolvidos e também usar as ferramentas que já citamos.
É indispensável que o reconhecimento seja robusto e completo, identificando mesmo os riscos que parecem insignificantes. Com uma atuação mais intensa, há mais proteção para o negócio.
Avalie os riscos levantados
A próxima etapa da gestão de riscos consiste em fazer uma análise completa das situações levantadas.
Essa avaliação deve ser tanto quantitativa quanto deve ser qualitativa. Assim, é possível identificar melhor o cenário para reconhecer as prioridades.
Quantitativamente, é possível levantar a probabilidade numérica de consolidação do risco, as ocorrências anteriores ou mesmo os impactos financeiros que serão causados.
Já de forma qualitativa, é interessante compreender seu impacto e o tipo de risco identificado, por exemplo.
Priorize os quadros analisados
Considerando que os recursos são limitados, é preciso ter um foco estratégico para atuar sobre os riscos.
Portanto, a partir da análise, deve-se definir a prioridade de ação sobre cada um dos pontos.
Os riscos prováveis e com maiores impactos devem receber mais atenção. Assim, é possível diminuir possíveis efeitos cumulativos, o que favorece uma gestão mais eficiente.
Realize a integração com o compliance
Como você viu ao descobrir o que é compliance e gestão de riscos, essa parte de conformidade deve estar alinhada com o gerenciamento de possíveis ocorrências.
Portanto, desde o começo é preciso planejar para que a gestão de riscos e o compliance andem juntos.
O compliance pode ajudar a definir meios adequados, transparentes e alinhados de agir, por exemplo.
A ideia é definir regulamentos internos, boas práticas a adotar e códigos de conduta.
Também é preciso que haja uma comunicação clara e efetiva para garantir que todos estejam cientes.
A gestão de riscos também pode ajudar quais são as ameaças à conquista de compliance, favorecendo a implementação dessa abordagem.
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Tenha um plano de mitigação
Tão importante quanto identificar e estar preparado para lidar com os possíveis riscos é saber como lidar com eles, caso ocorram. Portanto, o ideal é elaborar um plano de mitigação.
Nessa fase, é fundamental entender quais são as consequências, seus impactos e as formas de evitá-las ou reduzi-las.
O melhor é criar um procedimento específico sobre como agir em caso de concretização de risco.
Todas as partes interessadas devem estar cientes sobre o que deve acontecer e qual é a função de cada um.
Com regras bem definidas, pode-se garantir uma contenção de danos diante das situações indesejadas.
Monitore os riscos
Por fim, é preciso monitorar a ocorrência de riscos de maneira completa. É preciso saber quais riscos se concretizaram, o que causou sua existência, quais foram os efeitos gerados e assim por diante.
Isso poderá servir para criar um histórico, de modo que novos planejamentos e outras decisões levem tais aspectos em consideração.
Além disso, é uma forma de otimizar a gestão atual. Caso haja a identificação de riscos que não foram reconhecidos previamente, é possível atualizar o planejamento e o plano de mitigação, por exemplo.
Como você viu, a gestão de riscos é crucial para a segurança e para os resultados gerais da empresa.
O compliance pode ajudar nesse processo, e diversos setores, como a área de RH e de DP, podem ser favorecidas por um gerenciamento efetivo.
Considerando que a área de Recursos Humanos pode ajudar na conquista de resultados, veja o que são subsistemas de RH e conheça seus benefícios!
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Em 1978, quando montamos e começamos a aplicar os conceitos de Gerenciamento de Riscos, e, a posteriori, de Gestão de Riscos, já que há sutis diferenças entre as palavras, empregávamos fortemente as análises de riscos que efetivamente se materializaram, empregando bancos de dados da Swiss Re, e da Munich Re, até então referências. Mas o propósito sempre o foi de identificar, mensurar e avaliar as probabilidades de ocorrência ou recorrência. Lógico é que se busca parametrizar as análises, pois há semelhanças de alguns riscos e das forças de evitá-los. A situação ótima é quando não combatemos os riscos, mas sim evitamos que venham a se manifestar.