Oferecer bons cargos, salários e benefícios e gerar resultados já não são mais os principais objetivos e missões de uma organização.
Atualmente, pensar no seu papel sobre a responsabilidade social empresarial é uma premissa importante e isso vai muito além de fazer doações para instituições carentes no final do ano.
É muito comum pensar em ações filantrópicas como as únicas atividades que fazem parte da responsabilidade social empresarial, mas saiba que filantropia é diferente. O conceito de filantropia refere-se às ações solidárias, à caridade e em oferecer suporte a outros seres.
Já a responsabilidade social empresarial é muito mais abrangente; envolve a ética, os aspectos culturais, econômicos, ambientais, o investimento na formação dos colaboradores e outros fatores que você compreenderá melhor com a leitura deste artigo.
Assim como vai entender por que é cada vez mais importante para uma empresa ter ciência do seu papel social, quais ações podem ser adotadas, como o RH pode contribuir com esse objetivo e muito mais. Você não vai perder, certo?
Navegue pelo texto por meio dos seguintes tópicos:
- O que é responsabilidade social empresarial (RSE)
- A ISO 26000: orientação sobre responsabilidade social
- Como a responsabilidade social impacta a organização
- Por que implementar? Veja as vantagens
- Os desafios da implementação
- Como implementar a RSE na sua empresa com 4 dicas práticas
- Empresas que levam a responsabilidade social a sério
A responsabilidade social empresarial, de acordo com a Norma Internacional sobre Responsabilidade Social, ISO 26000, é a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente por meio de um comportamento ético que:
- contribua para o desenvolvimento sustentável — inclusive a saúde e o bem-estar da sociedade;
- leve em consideração as expectativas das partes interessadas. Nesse caso, são os chamados stakeholders, pessoas ligadas e impactadas direta ou indiretamente pelas atividades da empresa como os acionistas, clientes, fornecedores e colaboradores;
- esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comportamento;
- esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações.
Por isso, podemos entender também que a responsabilidade social empresarial é o compromisso de uma organização com o seu desempenho de forma geral e a priorização pela sustentabilidade, com a busca de uma sociedade melhor de modo que a lucratividade não seja comprometida.
A sustentabilidade aqui é percebida em seu sentido amplo e não se refere só aos aspectos relativos ao meio ambiente.
É olhar para as questões econômicas, culturais e sociais, para a ética no trabalho e para o impacto que suas atividades exercem sobre a sociedade como um todo.
Uma companhia responsável socialmente deve aliar o discurso à sua prática diária, por isso a ética e a transparência são fatores determinantes a respeito desse assunto.
Por isso, entenda que o conceito de responsabilidade social empresarial resume-se em melhorar continuamente suas ações para oferecer um mundo melhor e mais igualitário.
Além disso, são bases essenciais da responsabilidade social empresarial a busca pelo respeito à diversidade e a redução das desigualdades sociais, seja em que âmbito for, tanto nas questões econômicas quanto na promoção de oportunidades no mercado de trabalho.
É preciso entender o que é responsabilidade social empresarial para que as organizações possam atuar de forma estratégica e desenvolver práticas eficientes tanto para o seu negócio, quanto para seus colaboradores e seus familiares e, a partir disso, alcançar outras camadas da sociedade.
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A Organização Internacional de Normalização, em inglês International Organization for Standardization (ISO) elaborou normas que orientam e facilitam a prática correta da responsabilidade empresarial.
Essas normas estão na ISO 26000, a Norma Internacional sobre Responsabilidade Social, lançada em 2010.
Ao todo, 450 especialistas de 99 países e organizações internacionais desenvolveram um conjunto de regras padronizadas durante o período de cinco anos.
Elas são adotadas por empresas do mundo inteiro que buscam melhores práticas para operar de forma socialmente responsável.
As normas técnicas visam garantir a segurança e a qualidade de produtos, a racionalização da produção e dos processos, a segurança das pessoas e do meio ambiente, entres outros pontos relevantes ao negócio e à sociedade.
Porém, entenda que a norma não é uma obrigação a ser seguida pelas empresas, e sim uma orientação para ajudá-las nesse sentido.
Por isso, ela é destinada a todo tipo de organização, independentemente do porte ou do segmento, inclusive empresas públicas ou de economia mista e órgãos governamentais.
A ISO 26000 oferece mais de 400 recomendações para qualquer instituição que deseja melhorar a sua relação com o meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país ou da região em que atuam, promovendo a sustentabilidade dessas cadeias.
De acordo com a norma, é importante “reconhecer que o respeito pela sociedade e pelo meio ambiente é um fator crítico de sucesso para as organizações”.
Entenda que a ISO não visa oferecer certificados às empresas, ao contrário de outros padrões ISO reconhecidos em todo o mundo. Ela fornece diretrizes orientadoras das boas práticas organizacionais.
Os 6 princípios da ISO 26000 e a importância deles para as empresas
A Norma Internacional conta com seis pilares básicos como seus assuntos centrais. São eles:
- direitos humanos;
- práticas trabalhistas;
- meio ambiente;
- práticas operacionais justas;
- questões do consumidor;
- participação e desenvolvimento da comunidade.
Esses pilares norteiam as áreas de atuação que devem ser observadas pelas companhias. Assim, elas devem agir nos setores que mais lhes convêm e de acordo com o impacto que querem causar na sociedade.
Por isso, para definir suas ações estratégicas, essas companhias precisam ter clareza sobre quais são sua missão, sua visão e seus valores.
Além disso, o mercado de atuação da instituição é outro ponto de partida a ser considerado para traçar as atividades que promovam a sua responsabilidade social empresarial.
Por exemplo, se uma fábrica de papéis tem como missão produzir causando o menor dano possível às árvores e ao ecossistema, um de seus objetivos será o de reduzir o impacto ambiental durante a produção.
Nesse caso, um dos seus assuntos centrais será o que está no terceiro item proposto pela ISO 26000, que faz menção ao meio ambiente.
Porém, para que isso seja feito, ela também terá de passar por outras importantes cadeias, como as práticas operacionais justas e a participação da comunidade, que, no caso, começa pelo trabalho com seus colaboradores.
Esta é uma das funções da ISO: ajudar as empresas a entenderem o verdadeiro sentido e o valor da responsabilidade social empresarial e a traduzir seus princípios em ações que podem ser implementadas de acordo com cada negócio.
O principal objetivo da RSE é gerar valor para os envolvidos direta ou indiretamente com as atividades da empresa.
Isso pode impactar mais ou menos outras camadas da sociedade, como comunidades locais e até mesmo todo o país, dependendo do porte da empresa e do impacto que ela causa. Veja como isso acontece!
Posicionamento da marca
Atualmente, existem muitos clientes que preferem consumir produtos ou serviços de instituições que têm o conceito de responsabilidade social implementado internamente.
Mais do que cumprir legislações específicas por obrigação, a responsabilidade social empresarial deve ser vista como uma conscientização necessária, e o comprador sabe disso.
Tanto é que estudos recentes já comprovaram que o consumidor está cada vez mais atento às questões éticas e ambientais. Isso tem influenciado fortemente na pesquisa de produtos ou serviços antes escolher o que consumir ou qual empresa contratar.
Além do aumento de clientes que priorizam companhias atentas à sua responsabilidade social, aumenta-se também o número de pessoas que boicotam ou deixam de consumir marcas.
Isso ocorre com empresas que estejam desalinhadas com esse tipo de conscientização ou por posicionamentos sociais e políticos antiéticos ou incoerentes.
Tudo isso é reflexo de uma sociedade cada vez mais consciente do impacto de suas ações e mais atenta à necessidade de lutar, cada um à sua maneira, por um mundo melhor e mais justo para todos.
E, claro, isso é influenciado no modo como as empresas precisam e precisarão desenvolver suas atividades no futuro.
Employer branding
Antes de explicarmos como se dá a relação da empresa com os profissionais, é necessário entender esse conceito.
Employer branding é a forma como uma empresa gerencia sua marca e se posiciona para manter uma imagem positiva diante dos trabalhadores para atrair talentos e retê-los.
Ou seja, resume as ações que a companhia adota para manter a reputação de boa empregadora.
No início deste artigo, você percebeu que as decisões das empresas devem estar integradas em toda a organização e que a responsabilidade social empresarial deve ser praticada em suas relações, certo?
Isso quer dizer que as ações com esse objetivo devem começar de dentro para fora da companhia.
De nada adianta promover um discurso sobre a importância do tema se a prática não for verdadeiramente adotada internamente ou não fizer parte da cultura da instituição.
O discurso de uma organização sobre as práticas de RSE impacta a sua imagem como um todo, principalmente entre os seus colaboradores que, muitas vezes, são seus porta-vozes perante a sociedade.
Por isso, quando a marca empregadora elabora estratégias efetivas com foco na sustentabilidade e as coloca em prática, fortalece a sua imagem diante da comunidade.
Além disso, profissionais de ponta observam com atenção a conduta das empresas em relação ao seu papel social antes de se candidatarem a uma vaga.
Um exemplo disso é quando um trabalhador é um admirador de determinada marca, mas quando a vê envolvida em escândalos ambientais ou trabalhistas, passa a ter uma imagem negativa da companhia. Isso, obviamente, prejudica o seu nome no mercado.
Funcionários e sociedade
Além de promover a RSE na cultura organizacional, é preciso pensar no impacto das ações na vida dos colaboradores fora da instituição e, principalmente, na extensão das atividades para suas famílias.
Por exemplo, uma companhia que realiza trabalhos voluntários com seus colaboradores em uma fundação cultural também pode propor a realização de cursos de capacitação para os familiares de seus colaboradores que necessitam de apoio profissional.
Essa é uma forma de impactar não só os funcionários, mas também de promover o desenvolvimento profissional sustentável em regiões onde a companhia pode atuar e, consequentemente, promover a integração de suas comunidades.
Por isso dizemos que as ações de RSE são muito mais complexas e completas do que realizar atividades beneficentes.
É sobre manter o olhar atento em relação às necessidades das pessoas à sua volta, entender as realidades e engajar-se na busca de melhorias.
Por que implementar? Veja as vantagens
Podemos dizer que investir em ações de responsabilidade social empresarial só oferece benefícios para as empresas e não há desvantagens, e sim desafios.
Esses, inclusive, abordaremos melhor no tópico seguinte. Por ora, perceba que companhias que promovem a RSE têm contrapartidas como:
- contribuem com impactos positivos para a sociedade;
- promovem uma imagem positiva tanto para a comunidade quanto para seus colaboradores;
- auxiliam na transformação de realidades desafiadoras;
- atraem bons parceiros, fornecedores e acionistas que queiram apoiar as mesmas causas;
- aumentam o engajamento dos colaboradores e, consequentemente, a produtividade interna;
- evitam que a instituição leve multas e seja alvo de processos judiciais;
- fidelizam seus clientes;
- atraem e retém talentos;
- oportunizam melhores condições de trabalho e de qualidade de vida aos funcionários;
- auxiliam no gerenciamento de crises;
- diminuem a escassez de materiais por meio do uso consciente;
- evitam o desperdício de dinheiro com insumos desnecessários ou de custo elevado;
- auxiliam na boa conduta da empresa em relação às práticas de compliance;
- criam diferencial competitivo em relação aos concorrentes que não têm a RSE como premissa;
- ampliam suas oportunidades de atuação e de obter lucros.
Os desafios da implementação
Como dissemos, os interesses dos stakeholders devem ser levados em consideração, e isso significa entender as necessidades dos colaboradores, dos consumidores, fornecedores, acionistas e da sociedade.
Como você pode imaginar, integrar tudo isso não é uma tarefa tão fácil.
Ao contrário de ações sociais isoladas, a responsabilidade social empresarial requer conhecimento profundo da atividade desenvolvida e do funcionamento da empresa, além de um planejamento estratégico de atuação.
Não é possível parar toda a organização em um dia e sair pela cidade fazendo boas ações, somente.
É preciso estruturar em quais áreas a empresa pode e deve atuar com o objetivo de fomentar a responsabilidade social.
As áreas e as causas que ela deseja abraçar são muito específicas de negócio para negócio.
Por isso, há todo um trabalho de campo por trás da implementação de projetos. Além disso, outro entrave pode ser o investimento necessário para implantar ações de RSE.
Em momentos de crise, pensar em planos para colocar o compromisso social em prática pode ser uma tarefa complexa, desafiadora e até impraticável.
Essa é uma situação compreensível, afinal, todo negócio tem suas prioridades e atividades essenciais.
No entanto, a prática de RSE é ampla e você verá como é possível pensar em estratégias eficientes sem precisar fazer grandes investimentos quando não for possível.
Além, claro, da possibilidade de fazer pequenas mudanças no dia a dia da organização propondo a transformação da mentalidade dos colaboradores.
Como implementar a RSE na sua empresa com 4 dicas práticas
Implementar a responsabilidade social empresarial percorre desde pequenas atitudes no dia a dia da empresa até ações maiores e mais focadas na construção de um bem mais amplo e significativo para a sociedade. Confira alguns passos para começar!
1. Investir na identidade da marca e na cultura organizacional
Nenhum negócio sobrevive se não tiver uma base sólida como suporte para as demais ações.
A empresa precisa, primeiro, encontrar seu lugar de fala na sociedade e identificar-se com causas que mais têm a ver com suas atividades ou com o espírito da companhia.
Antes de qualquer ação de RSE é preciso fortalecer as equipes, implementar uma cultura organizacional forte, incluir a diversidade no ambiente laboral, propor melhores condições de trabalho para os funcionários para pensar em ações paralelas.
Do mesmo modo, é preciso repensar ações que beneficiem os trabalhadores, como revisão de salários, proposta de benefícios, oferta de planos de carreira, jornada de trabalho mais flexível e outras questões internas que podem ser a ponta de um iceberg de problemas estruturais se não resolvidos.
Do contrário, os colaboradores dificilmente se sentirão engajados e não comprarão a ideia, pois podem achar o discurso da organização um tanto incoerente com a prática.
Isso porque, como dissemos, as ações de responsabilidade social empresarial também visam melhorias nas condições de trabalho.
O trabalho voltado para fortalecimento da cultura organizacional também significa desenvolver tanto a mentalidade dos colaboradores quanto a dos líderes.
Dessa forma, os projetos poderão, efetivamente, sair do papel e se tornarem práticas diárias e comuns dentro da organização.
2. Promover ações com foco em sustentabilidade ambiental
Mesmo que uma empresa não atue diretamente na área ambiental ela pode promover diversas atividades com foco na preservação do meio ambiente.
Pequenas ações para conscientização e medidas para a coleta e destinação correta do lixo produzido internamente são alguns exemplos.
Pode-se investir em lixeiras para separar recicláveis de lixos orgânicos; comprar papel reciclável para as impressoras e instruir para o uso consciente desse insumo.
Também é possível utilizar apenas copos de vidros e de plástico biodegradável, individuais, em vez de comprar copos descartáveis.
Da mesma maneira, é razoável ainda substituir torneiras comuns por aquelas com fechamento automático por meio de sensor.
Isso evita o desperdício de água na empresa e reflete para os funcionários a conscientização sobre o uso correto de recursos essenciais à vida, como a água.
Essas são medidas simples que podem ser adotadas por qualquer empresa sem grandes esforços.
Agora, se a organização atua diretamente na área ambiental, ela pode se inspirar em boas ações como as da Disney Conservation Fund.
A companhia é uma divisão da Disney com atuação voltada para a conservação do meio ambiente.
Além de doar parte de seu faturamento para ações que visam recuperar a natureza em todo o mundo, oferece programa de treinamento para pescadores e moradores praticarem a pesca de forma sustentável e preservando espécies como a tartaruga marinha.
Entenda que em relação à preservação do ambiente diversas medidas podem ser adotadas a depender do tipo de atividade que a instituição desenvolve.
Elas vão desde a observação de leis municipais para gestão de grandes resíduos, a redução de desperdício de alimentos até o investimento em tecnologias para conservação de recursos.
3. Investir em programas extensivos de educação
Muitas empresas investem em endomarketing para treinar seus colaboradores ou em programas para melhorar a comunicação interna como divulgações em intranet, informativos em jornais murais, cartilhas de orientação, entre outros.
Não seria nada ruim se a organização investisse também em expandir essas ações aos familiares dos colaboradores, com informações e dicas que podem ser aproveitadas por eles no dia a dia em casa.
A empresa pode fazer a distribuição de revistas mensais sobre as ações educativas realizadas pela companhia de modo que os funcionários possam levar para casa e, assim, também instruírem seus familiares.
Uma empresa que faz isso é a Fiat Automóveis, que envia para os colaboradores, junto da cesta básica, a revista Fiat em Família, com novidades sobre a empresa e conteúdos informativos sobre os mais variados assuntos.
Esses materiais podem conter orientações de boas práticas para reduzir o consumo de água e energia no lar, como consumir de forma consciente e muito mais.
Outra boa medida é incentivar a leitura com a distribuição de livros para os colaboradores levarem para casa ou, ainda, a criação de uma biblioteca que possa ser utilizada pelos próprios funcionários e por moradores do entorno.
O principal entendimento aqui é a importância de oferecer materiais com os quais os funcionários possam engajar seus pares com ações positivas e de conscientização sobre a necessidade de atividades de responsabilidade social empresarial.
Isso ajuda a despertar, inclusive nas crianças, um olhar mais apurado sobre a importância desse tema.
4. Engajar toda a empresa na realização de projetos filantrópicos
Você viu que as ações filantrópicas não refletem a totalidade dos projetos de responsabilidade social, não é mesmo?
Mas o voluntariado corporativo é um braço importante das atividades de RSE. Isso porque promove o sentimento de altruísmo entre as pessoas, muito importante para começar a se pensar na prática social.
Por isso, independentemente do seu tipo de negócio, do porte e da situação do caixa atual da empresa, saiba que é possível praticar o bem sem gastar muito.
O ideal é que a empresa escolha uma instituição e ofereça ajuda e outras benfeitorias periodicamente e com compromisso.
Porém, se isso for inviável no momento, ainda assim existem saídas: peça ajuda aos colaboradores com doações de brinquedos, roupas, acessórios ou comida e planejem um dia para prestarem assistência a alguma instituição social.
Outra boa pedida é doar apenas atenção e carinho aos necessitados em asilos e orfanatos, por exemplo.
São medidas simples que, combinadas com outras iniciativas importantes para a empresa, podem trazer bons resultados no exercício do papel social empresarial.
Além disso, saiba que se a instituição ainda não conta com nenhuma atividade de responsabilidade nesse sentido, o primeiro passo é trabalhar a cultura organizacional, como você viu acima.
Também é importante pensar a RSE como parte da atividade fundamental da empresa, como um processo natural e cotidiano e não como uma imposição.
Selecionamos alguns exemplos de empresas que têm a RSE como raiz de suas atividades e implementaram projetos muito importantes e que podem servir de inspiração para investir na sua empresa. Confira!
Teto
A Teto é uma organização que atua em 19 países da América Latina em prol de oferecer moradias para pessoas que vivem em comunidades precárias.
Unindo o voluntariado e a comunidade, a empresa administra soluções para propor condições de vida mais dignas para esses cidadãos.
Além das casas, a Teto tem mais de 70 projetos comunitários, mais de 4.300 novas moradias de emergências construídas e atendimento contínuo em mais de 30 comunidades.
A empresa conta com a ajuda dos próprios colaboradores, de parceiros, voluntários, doadores e de moradores das comunidades atendidas.
Pedigree
Empresas ligadas ao setor animal podem se espelhar em projetos como o Adotar é tudo de bom, da Pedigree.
A ação visa promover a adoção de animais, conscientizar sobre os cuidados e impactos dos maus-tratos aos bichos e, principalmente, fornecer a doação de toneladas de ração para cães e gatos abandonados. Gostou da ideia?
Itaú
O maior banco privado do Brasil desempenha várias ações com foco na sustentabilidade e na promoção de uma sociedade melhor. Uma de suas principais iniciativas é o projeto Leia para uma criança, voltada para a área da educação.
O objetivo é fortalecer os vínculos entre adultos e crianças por meio da leitura e ampliar o repertório cultural dos pequenos.
São selecionados livros infantis por meio de edital público e esses são distribuídos para a sociedade e em espaços educativos como escolas, bibliotecas e instituições de assistência social.
Conclusão
Percebeu como pequenas ações podem representar grandes passos para a promoção da RSE?
Pensar a responsabilidade social empresarial é ter em mente que as estratégias devem permear todas as ações, desde a política interna, os valores, a cultura e, inclusive, a forma como ela se comunica com seus colaboradores e com a sociedade.
Isso é importante para você? E para sua empresa, quais ações podem ser implementadas para engajar os colaboradores? Deixe abaixo o seu comentário. Participe!
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