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Uma relação empregatícia é uma via de mão dupla. Ela é orientada, entre outros fatores, pela ética no trabalho para que seja bem-sucedida e positiva tanto para empregadores quanto para trabalhadores.

Ao passo que não há nada mais natural quanto esperar que as pessoas ajam de forma ética, o assunto precisa ser levantado.

Existem alinhamentos que podem ser feitos entre as partes, e o RH tem um papel importante para que isso aconteça.

Continue a leitura do post para compreender a importância da ética no ambiente de trabalho e saber como esse conceito pode ser aplicado, deixando de ser uma ideia para fazer parte da realidade da empresa! Abordaremos os seguintes tópicos neste artigo:

O que é ética no trabalho

O que é ética no trabalho

A ética pode ser entendida como o conjunto de valores ou de princípios que orientam os seres humanos em suas formas de se comportarem e de se portarem. 

Valores que podem ser adotados por um indivíduo, por um grupo ou por uma sociedade.

Ainda, se considerarmos a etimologia da palavra, ética vem de êthos, que significa hábitos e costumes, e vem de ethos, que quer dizer abrigo ou morada. 

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Com isso, estamos diante dos alicerces que mantêm uma casa em pé, e essa casa pode ser a sociedade de um modo geral ou as relações no ambiente de trabalho.

Juntando todas essas ideias, chegamos a um conceito de ética no trabalho como sendo o conjunto de princípios e valores que orientam a conduta de trabalhadores e empregadores e que sustentam a boa relação entre todos.

Portanto, falamos de algo que tem importância por impactar a construção de relações profissionais. 

Elas, por sua vez, vão impactar a motivação, a produtividade, o trabalho em equipe, o employer brand, a cultura organizacional e o clima no ambiente de trabalho.

Para além de normas técnicas, falamos de princípios e valores atrelados ao comportamento humano. 

Tendo o RH como principal agente responsável pela gestão de pessoas, já começa nesse ponto a compreensão do papel que o setor tem quando o assunto é ética profissional.

Separamos também estes conteúdos para você conferir:

Diferença entre ética e moral no trabalho

Ética e moral são palavras que costumam andar lado a lado. Tão comumente apresentadas juntas que seus conceitos se misturam e a gente acaba se confundindo mesmo.

A moral é regida por leis, normas e regras. Por sua vez, a ética é algo que vem de dentro, de cada pessoa

Assim, um funcionário que age de forma antiética pode acabar desrespeitando a conduta moral esperada pela empresa, ou seja, ferindo a política interna e as normas da organização.

Principais exemplos de ética no trabalho

Principais exemplos de ética no trabalho

Exemplos são ótimos para que você possa entender com mais clareza o que é ética no trabalho. 

Por isso, vamos apresentar os principais princípios que orientam a conduta e as relações entre os agentes que participam do universo de uma organização.

Integridade

“Ah, mas fulano não poderia ter agido dessa maneira porque isso é antiético!”. Em algum contexto, é bem provável que você já tenha ouvido, falado ou pensado nessa frase.

A integridade é justamente a qualidade de quem tem ética ou de quem age segundo esse preceito. 

Assim, ter integridade é ter a capacidade de agir com ética no trabalho, porque é como ter um motor interno que propulsiona a observar os princípios, respeitar regras e manter uma conduta adequada.

A ausência de integridade basicamente impede uma pessoa de ter uma postura ética em qualquer esfera, por isso essa é uma qualidade que deve ser valorizada.

Vale dizer ainda que uma pessoa íntegra tem menos chance de fazer ou de disseminar fofocas, falar mal de colegas de trabalho e ter qualquer outra conduta que prejudique os relacionamentos e o clima organizacional.

Responsabilidade

Algo que empregadores buscam e que, na verdade, todos esperamos são pessoas capazes de honrar com os compromissos que assumem. 

Empresa nenhuma quer ser deixada na mão, equipe nenhuma quer passar por isso, assim como nenhum colega.

Com isso, outro exemplo de ética no trabalho é a responsabilidade, caraterística que leva profissionais a:

  • cumprirem as tarefas que lhe foram designadas;
  • respeitarem prazos;
  • comunicarem imprevistos;
  • cuidarem do patrimônio da empresa;
  • assumirem falhas e suas consequências;
  • respeitarem siglos da organização e mais.

Humildade

Já que falamos em assumir falhas, ter ética no trabalho passa por saber reconhecer os erros e encará-los de frente. Algo intrinsecamente ligado à responsabilidade.

Quanto a isso, já aproveitamos para pontuar que é mais fácil para um funcionário assumir que cometeu um erro quando o ambiente da empresa não é ameaçador.

Você já deve ter conhecimento de orientações sobre como feedbacks negativos não devem ser dados em público nominalmente. 

Em outras palavras, se um profissional errou, o gestor pode apontar o problema diante da equipe sem citar nomes ou falar com o responsável pela situação em particular.

Isso porque, por mais humilde que uma pessoa seja, pode se sentir extremamente constrangida em comunicar uma falha se temer que, como consequência, vai passar por alguma humilhação.

Assim, a empresa tem um papel em criar o clima adequado para que erros sejam vistos como oportunidade de crescimento e isso é algo que envolve, além de outros agentes, o RH.

Coerência

Em entrevistas de emprego, há recrutadores que perguntam aos candidatos sobre suas principais qualidades, além de perguntarem sobre defeitos. 

Relembramos isso porque sabemos que existem histórias de profissionais que disseram algo durante a entrevista e que não foram capazes de provar depois.

A sabedoria popular nos ensina que falar é fácil, mas ter coerência e agir conforme as ideias e posições que se defende ou que se diz ter não é tão simples assim.

A coerência surge, portanto, como um dos exemplos que temos sobre ética no trabalho, porque profissionais precisam ser capazes de alinhar seu discurso às suas ações

Dizer que é íntegro é fácil, que respeita os colegas, a empresa e que tem responsabilidade também. Contudo é preciso reafirmar essa conduta profissional no dia a dia.

Respeito

O respeito é um princípio básico de ética em qualquer esfera que o assunto for colocado em pauta, o que inclui as conversas sobre ética no trabalho.

Ainda que exista um setor formado por apenas um funcionário, este profissional ainda está ligado a todo ecossistema da organização. 

Por isso, o respeito tem que permear as ações de todo e qualquer indivíduo que esteja ligado à empresa.

Ter respeito é abandonar uma postura individualista e se reconhecer como parte do todo.

O indivíduo precisa ter a responsabilidade de cuidar de suas próprias tarefas, mas sem esquecer de que faz parte de uma equipe, de uma comunidade na organização.

Um profissional precisa respeitar o trabalho do outro, ainda que acredite que, se tivesse a oportunidade, faria diferente e melhor.

Isso sem falar em questões que são ainda mais básicas que compõem a noção de civilidade e que incluem não destratar as pessoas, não humilhar, não discriminar e por aí vai.

Empatia

Imaginamos que você passou a ouvir muito sobre empatia nos últimos anos, certo? 

Ainda que tenha virado “moda”, empatia realmente tem um significado muito importante para as relações humanas e cabe entre os princípios da ética no trabalho.

Uma pessoa empática é a que tem a capacidade de se colocar no lugar do outro, algo que depende de compreender as emoções, as posturas e as visões do outro, além de entender a realidade do outro.

A empatia no trabalho caminha lado a lado com o respeito, porque permite que um profissional compreenda a maneira que os demais têm de conduzir suas tarefas e de encarar uma situação.

Além do mais, a empatia permite que empregadores considerem a realidade, as expectativas e as demandas de seus funcionários para tomar decisões mais estratégicas. 

Isso é algo que favorece a atração e a retenção de talentos, a produtividade e mais.

Equidade

Por último, mas não menos importante, precisamos falar de equidade para complementar os principais exemplos de ética no trabalho.

Ética só existe com igualdade, e é isso que nos leva a falar de equidade, um conceito que você talvez já conheça, mas não entenda claramente ainda.

Jogando luz sobre o conceito, a equidade “entende como justo proporcionar resultados iguais para pessoas diferentes tratando os diferentes de maneira diferente”.

Em outras palavras, a equidade reconhece que pessoas diferentes podem precisar de condições distintas para que a igualdade seja realidade. 

Algo que também pode ser entendido como dar um tratamento desigual aos desiguais em busca de igualdade.

Com isso, a equidade é um princípio que cria um ambiente igualitário em que não há privilegiados e nem privilégios

Um fator que não deve ser observado apenas nos funcionários, mas na gestão e na própria cultura organizacional.

Por que cultivar a ética no trabalho

Por que cultivar a ética no trabalho

Ainda na introdução deste post, apontamos que é natural esperar que a ética no trabalho seja respeitada. 

Vivemos em sociedade, estamos familiarizados com as regras de conduta que permeiam as relações humanas, então a ideia é que bastaria aplicá-las ao ambiente profissional.

Estamos falando de seres humanos, porém, e somos complexos por natureza. Não fosse assim, talvez ninguém precisasse lidar com as consequências da falta de ética no trabalho, não acha?

A ética precisa ser cultivada, porque somos influenciáveis tanto para aquilo o que é positivo quanto para o que é negativo. 

E essa observação se aplica a todos, do colaborador terceirizado ao integrante da alta gestão.

Quando uma empresa é criada, se pauta na definição de missão, visão e valores. Os valores são os princípios, a forma de agir, ou seja a conduta da organização que vai levá-la a cumprir sua missão e alcançar seus objetivos.

Se esses valores precisam ser observados inclusive como parte da estratégia organizacional, a ética no trabalho também. 

Falamos de algo que precisa ser cultivado para que a conduta de todos se mantenha alinhada aos princípios da empresa.

Sem essa atenção, aumenta a probabilidade de que um ou mais funcionários ajam em desacordo com as normas, com a moral interna. 

Algo que pode influenciar os demais e o ambiente, tendo impactos negativos para uma equipe ou para a organização como um todo.

Ou seja, cultivar a ética no trabalho é criar condições mais favoráveis para que as pessoas mantenham condutas adequadas enquanto funcionárias da empresa, em suas relações profissionais.

Os principais benefícios da ética no trabalho

Benefícios da ética no trabalho

Conhecer os benefícios da ética profissional contribui para o entendimento de por que esse assunto precisa ser levado em consideração e por que o RH, assim como a alta gestão, deve buscar cultivar os já referidos princípios. 

Vamos aos principais:

  • promove a melhoria as relações e da comunicação interpessoal;
  • favorece a colaboração e o trabalho em equipe;
  • aumenta a credibilidade dos profissionais que compõem os quadros da empresa e, como consequência, da organização como um todo;
  • contribui para um clima organizacional mais positivo;
  • favorece a motivação e a produtividade dos funcionários;
  • colabora para um cenário adequado para o autoconhecimento e para o desenvolvimento profissional;
  • conta a favor da saúde emocional e da saúde mental no trabalho;
  • influencia a retenção de talentos;
  • leva à melhoria dos resultados da empresa.

Com base nesses benefícios, ressaltamos que a ética no trabalho pode parecer uma ideia abstrata demais para ser tratada de forma estratégica. Mas ela permeia as relações profissionais.

Se tem a ver com as pessoas que compõem a empresa, a ética tem a ver com cada um dos processos que essa empresa realiza. Por isso, os benefícios de cultivá-la são tão amplos.

Lembra-se do significado de êthos e de ethos como os costumes que edificam uma morada? 

A ética no trabalho pode ser entendida como uma estrutura, como um dos pilares de sustentação para que tudo o que a empresa é e tudo o que almeja ser tenha o suporte adequado.

Com a ética servindo de apoio para a conduta de todos aqueles que fazem a empresa existir, os benefícios podem ser muitos e significativos.

Como fortalecer a ética no trabalho

Como fortalecer a ética no trabalho

Existem algumas formas de promoção e fortalecimento da ética no ambiente do trabalho que merecem ser conhecidas. 

Afinal, como dissemos, falamos de algo que esperamos que seja natural, mas que carece de lembretes, incentivos e até de direcionamentos.

Com isso em mente, confira a seguir nossas sugestões!

Considere que o óbvio precisa ser dito

A ética profissional é algo que os trabalhadores desenvolvem com base em seus princípios e naquilo que vão aprendendo ao passo que ganham experiência.

Parte desse aprendizado vem de orientações e parte vem de vivências. Uma empresa só tem a ganhar se compartilhar com seus funcionários seus valores e conversar sobre aquilo que se espera de cada um em sua conduta.

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Entre os princípios que apresentamos, estão a empatia, o respeito e a equidade

Importantes em qualquer contexto, todos esses princípios são fundamentais para empresas que querem fazer seu papel a favor da diversidade e da inclusão.

Estamos dizendo isso porque, quando sua empresa rompe barreiras, ela precisa reforçar e até ensinar questões que parecem óbvias, mas não necessariamente o são.

Se sua organização decide fazer a contratação de PCDs, por exemplo, além de preparar o espaço físico, precisa educar todo seu quadro de funcionários e a alta gestão para aprender sobre a conduta mais ética e mais adequada.

Pegamos como exemplo uma realidade que não existe em todas as empresas, mas saiba que reforçar ideias a respeito dos comportamentos esperados pode ser válido em qualquer situação.

Aposte na promoção da honestidade

Pegando o gancho, a comunicação interna é grande aliada da promoção da honestidade e de outros princípios éticos. 

Feedbacks positivos podem ser usados para reforçar comportamentos e influenciar os funcionários.

Apontamos a honestidade de forma especial, porque tem a ver com outros princípios que levantamos anteriormente: a responsabilidade e a humildade.

É importante ter em mente que a ideia não é promover a honestidade somente entre as equipes. 

Lideranças e a alta gestão também devem agir com ética no trabalho, sobretudo considerando o poder do exemplo.

Valorize o comprometimento

É verdadeiramente inadequado que gestores elejam “queridinhos”, ou seja, que manifestem predileção por este ou aquele funcionário de sua equipe. 

Isso não impede, porém, que o comprometimento dos colaboradores seja valorizado.

Muitas vezes, o que empresas querem é fugir de problemas e, por essa razão, pode acontecer de o foco se voltar totalmente a funcionários que estejam improdutivos, desmotivados ou até envolvidos em questões mais graves.

Ainda que tudo isso precise ser trabalhado, é interessante que aquilo o que é positivo também seja reconhecido pela empresa. 

A ideia não é colocar pressão nos demais e nem gerar uma competição pouco saudável.

Diferente disso, valorizar o comprometimento é mostrar que a empresa percebe quem tem ética profissional se sobressai de alguma forma, algo que pode inspirar a reprodução desse comportamento.

Aposte na transparência

Uma empresa não precisa ser um livro aberto. Há questões que dizem respeito somente à alta gestão e outras que são próprias de cada setor, por exemplo. 

Apostar na transparência não quer dizer revelar absolutamente tudo, mas criar um ambiente onde há confiança.

Isso porque a falta de informações acerca de uma situação pode gerar desconfiança. Ela, por sua vez, pode abrir espaço para especulações e fofocas que vão afetar profissionais e equipes.

A conversa paralela, quando espalha boatos, é negativa e antiética. Por isso, o interessante é que a empresa promova um ambiente em que não há espaço para isso.

Quer mais um exemplo sobre ética no trabalho e transparência? Vamos falar de controle de ponto, então.

Caso você não tenha familiaridade com o assunto, temos um vídeo curto explicando os tipos de controle de jornada. Confira!

Antigamente, a falta de segurança dos sistemas de registro de jornada deixava tanto os empregadores quanto os trabalhadores desconfiados. 

O empregador temia que o funcionário mentisse nos registros para tentar ganhar horas extras. O funcionário, por sua vez, tinha medo de que o empregador alterasse os registros para não pagá-las devidamente.

Com o tempo isso foi mudando, inclusive por orientação da legislação trabalhista. 

Hoje, empresas que usam soluções alternativas como o Tangerino têm certeza de que alterações indevidas não podem ser feita. Até mesmo os funcionários conseguem acompanhar as marcações para certificar que não há nenhum erro.

A escolha por esse tipo de tecnologia mostra que a ética no trabalho é praticada pela empresa. Por isso, espera-se que também seja praticada pelos empregadores. 

Ambas as partes reforçam a conduta honesta, e a relação entre os envolvidos se torna muito melhor.

Com isso, a transparência pode existir por meio de diversas ações e escolhas voltadas para a gestão de pessoas, sempre tendo como resultado o fortalecimento da ética no trabalho.

Desenvolva uma cultura que favoreça o aprendizado

A evolução do mercado de trabalho é comumente apontada como motivos para que a cultura da empresa incentive o aprendizado

A ideia é que os funcionários se aperfeiçoem e aprendam novas habilidades para atender às novas demandas com excelência.

Acontece que essa cultura tem muito mais a oferecer para empregadores e trabalhadores. 

Para que erros sejam vistos como oportunidade, a empresa precisa reforçar a ideia de que falhas acontecem e que todos podem aprender a partir delas e, claro, contribuir para que isso realmente ocorra.

É favorecendo o aprendizado que se fortalece o princípio de ética profissional que diz respeito a assumir responsabilidade pelos erros e suas consequências. 

Algo benéfico para que a empresa consiga lidar com as falhas da melhor maneira possível, evitando que se repitam.

Incentive o autoconhecimento e o respeito

Como você já deve saber, palestras, cursos e outros recursos educativos podem ser usados para que os funcionários aprendam ou atualizem seus conhecimentos a respeito de temas intrínsecos ao seu trabalho.

Esses recursos também podem ser usados para a promoção de temas sobre a saúde mental, sobre inteligência emocional, inclusão, diversidade, trabalho em equipe e desenvolvimento de soft skills.

Falamos de uma série de aprendizados que favorecem o autoconhecimento e a compreensão do outro. 

Isso contribui para que as pessoas sejam capazes de manter a coerência e assumir uma postura ética, além de respeitar os demais.

Reforce a importância do respeito às normas

Ainda, como indicamos anteriormente, ética no trabalho e moral se relacionam. Com isso, a comunicação interna pode ser usada para reforçar o respeito às regras da empresa.

Isso significa fazer com que as obrigações morais sejam respeitadas por meio da conduta ética de cada um. 

Em outras palavras, fazer com que todos tenham as orientações de que precisam para saber como devem agir para respeitar as regras da organização.

Isso pode ser feito por meio do manual do funcionário e também de memorandos, informes, vídeos institucionais e outras peças de material informativo. 

É possível até contar com um código de ética no trabalho que inclua princípios e regras.

Esse tipo de conteúdo vai reforçar o respeito à privacidade dos colegas, ao sigilo da empresa e a outras questões morais que se ancoram em uma conduta ética.

Incentive a denúncia de práticas antiéticas

Pode ser estratégico que empresas tenham canais de comunicação anônimos para que sugestões, críticas e denúncias sejam compartilhadas. Esse anonimato é importante para evitar indisposições e intrigas.

Uma vez que uma conduta que fere a ética profissional é denunciada e comprovada pela empresa, pode servir de exemplo ou de base para repassar regras e realinhar expectativas.

Assim, o objetivo da denúncia não é gerar desconforto, é corrigir problemas e incentivar a mudança de comportamento por parte dos funcionários.

Confira o resumo que preparamos para ajudar você a implementar essas práticas na sua empresa!

Os agentes da ética no trabalho

Os agentes da ética no trabalho

Ao longo do texto, apesar do foco maior nos funcionários, já mencionamos os empregadores e o RH. 

Esses são os agentes da ética no trabalho e cada um tem seu papel para que a realidade corresponda às expectativas sobre esse assunto. Vamos passar por cada um deles.

O papel do empregador

A ética profissional não é algo que se pode esperar dos funcionários sem que esteja presente também na alta gestão da empresa. 

Por isso, o papel do empregador começa pelo exemplo e pela definição da ética como parte dos valores da organização.

Ética no trabalho - papel do empregador

Ainda, vimos que cultivar e fortalecer a ética no trabalho são coisas que dependem de decisões estratégicas que envolvem planejamento e espaço para execução.

Por isso, o papel do empregador também passa por abrir espaço, ou seja, respaldar a ação de lideranças e do RH. Vamos entender isso melhor.

Quando falamos sobre os princípios, falamos sobre questões como a cultura de aprendizado e a equidade que, agora nos servem como bons exemplos daquilo o que só pode ser colocado em prática com o aval da alta gestão.

Além do mais, o papel do empregador passa por agir de forma ética com seus funcionários, mantendo a integridade, a coerência e respeitando os direitos dos trabalhadores.

O papel do funcionário

De forma simples e direta, o papel mais claro do funcionário é dar atenção à cultura da empresa e aos princípios éticos desenvolvidos ao longo da vida para manter uma conduta adequada no trabalho.

Ética no trabalho - papel do funcionário

Aquilo que se desenvolve no trabalho tende a ser de natureza colaborativa, uma parceria. Assim, funcionários podem buscar inspirar colegas pelo exemplo e, cultivando o espírito de equipe, reconhecer e valorizar posturas corretas que reforcem toda a questão da ética no trabalho.

É possível aplicar a ideia de que os profissionais atuem como guardiões das regras e princípios buscados pela organização. 

Isso envolve observar a si próprio e buscar o autoconhecimento para manter a integridade e a coerência e observar o outro para aprender mais sobre respeito e empatia.

Caso a empresa tenha o canal de denúncias, reportar condutas antiéticas também pode fazer parte do papel dos funcionários.

O papel do RH

Para começar já resumindo o papel do RH, podemos dizer que o setor tem a missão de cuidar para que o cultivo e a promoção da ética no trabalho aconteçam e para que isso se dê de forma consciente e constante.

O que o RH precisa fazer é pensar a gestão de pessoas de forma estratégica, considerando que a conduta humana pode se pautar pela própria natureza e pelo senso comum, mas que é possível melhor direcionar indivíduos e equipes.

É a visão analítica do RH que vai indicar quais as melhores formas de cultivar a ética profissional de acordo com o perfil dos funcionários e com os valores da organização.

As ações de fortalecimento demandam planejamento, orientação aos funcionários e às lideranças, acompanhamento para verificar a efetividade das estratégias e ajustes.

No fim das contas, a ética no trabalho vai se desenvolver e passar a ser perceptível como parte da cultura da empresa com a contribuição de cada grupo de agentes. 

O RH, porém, tem o papel de arquitetar isso para que os benefícios esperados sejam realmente colhidos.

Do contrário, a empresa pode se ver diante de uma tentativa desordenada de fazer com que as pessoas ajam de maneira ética na esperança de que isso dê em algo.

É certo que ter funcionários éticos tem impactos positivos. Mas, como vimos, direcionar esforços para que a conduta adequada seja lugar comum pode ter efeitos significativos

É por essa razão que o papel do RH é tão importante na construção e manutenção desses princípios.

Temos alguns materiais para complementar a sua leitura, confira:

Próximos passos…

ética no trabalho e o papel do rh

A ética profissional é esperada por todos e de todos. Empregadores e funcionários querem que a outra parte tenha condutas adequadas, sobretudo para garantir que direitos sejam assegurados.

A expectativa é natural, mas tanto empresas quanto trabalhadores já tiveram experiências ruins envolvendo posturas antiéticas que influenciam sua percepção.

Considerando especialmente a realidade de uma relação empregatícia, há uma tendência natural a pensar em “nós x eles”.

A junção de tudo isso pode levar ao receio de que uma parte estará sempre tentando tirar vantagem sobre a outra.

O cultivo e o fortalecimento da ética serve para gerar confiança e aumentar o respeito entre os envolvidos, além de garantir que nenhuma ação tomada seja prejudicial.

No fim das contas, a ética no trabalho é algo que favorece o desenvolvimento dos trabalhadores e de suas carreiras e os resultados e sucesso da empresa

Por essa razão, ela merece ser vista e encarada como estratégia profissional e de negócios.

Quer colocar a ética no trabalho na essência da empresa? Saiba como construir uma cultura organizacional forte!

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