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Nos últimos anos temos visto uma série de tendências em gestão de pessoas, assim como no perfil do gestor de RH. 

Se antes a premissa básica era ter controle total sobre processos e números, hoje é necessário ter uma boa dose de psicólogo, sociólogo, antropólogo, negociador, líder, entre tantas outras competências.

As estatísticas de recursos humanos deixaram de estar atreladas apenas à produtividade e eficiência e passaram a englobar o índice de felicidade interna bruta e a capacidade de reter talentos, demonstrando que uma nova postura deve ser adotada pelas empresas que desejam crescimento sustentável.

Mas que ações são essas? Quais são as tendências em gestão de pessoas para os próximos anos? É o que você vai conferir ao longo deste artigo!

1. Automação de Recursos Humanos

Com o avanço da transformação digital e o uso intenso de novas tecnologias da informação e comunicação nas empresas, a automação de processos se torna essencial para a geração de resultados e melhoria da experiência do colaborador.

Do sistema de gestão de recursos humanos ao controle de ponto online, as organizações que estão antenadas nas tendências de recursos humanos buscam por tecnologias que propiciem maior velocidade de processos, precisão dos dados e também maior capacidade de tomada de decisão.

O controle de ponto digital é uma grande evolução para os departamentos de recursos humanos que precisam lidar com as novas relações de trabalho e monitorar a jornada de trabalhadores externos ou em home office.

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Esse tipo de tecnologia, além de permitir a escalabilidade das contratações a nível mundial, traz a facilidade de automatizar processos que antes demandavam muitas horas de trabalho manual. 

Cálculo de horas extras, pagamento de adicionais noturno, de insalubridade e periculosidade, são alguns bons exemplos.

A automação de processos no setor de RH também libera os funcionários vinculados a ele para desenvolverem ações mais estratégicas, como a criação de políticas de retenção de talentos e novos processos de recrutamento passivo e ativo.

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2. Desenvolvimento humano

A época em que os colaboradores de uma empresa eram vistos como números ou peças a serem substituídas também já ficou para trás.

O foco no desenvolvimento humano e profissional toma conta das organizações, que implementam cargos flexíveis e estruturas horizontais para atender ao desejo dos profissionais de se sentirem parte real da estratégia e do futuro da empresa.

O perfil do gestor de RH passa de fiscalizador das normas empresariais para uma postura de mentoria, coaching e liderança. 

Isso exige, mais do que nunca, habilidades socioemocionais, como empatia, inteligência emocional e mediação de conflitos.

Em vez de sugar as competências do trabalhador sem dar nada em troca, a empresa assume a responsabilidade pelo desenvolvimento pessoal e profissional da equipe, usando estratégias de treinamento e desenvolvimento para formar verdadeiros experts em seu negócio.

O debate interno é fomentado por laboratórios de inovação, onde os trabalhadores são convidados a criar soluções únicas para os problemas enfrentados no dia a dia. 

A dedicação e a incorporação de tais transformações na organização são recompensados com políticas de remuneração variável e premiações.

3. Experiência do colaborador

Os setores de recursos humanos passam a investir na experiência do colaborador (customer experience, no marketing), que consiste em promover um contato mais próximo com cada trabalhador, oferecer interações positivas e construir uma relação baseada na confiança, credibilidade e engajamento.

Tais experiências são pautadas em estratégias inovadoras de motivação, retenção e comunicação, como o uso de redes sociais corporativas, realidade aumentada para treinamentos práticos e o gamification na gestão de pessoas para manter todos focados nos mesmos objetivos.

O RH deve incorporar o marketing interno de forma a motivar as equipes, construir um senso de pertencimento e gerar o engajamento esperado para que a organização prospere com resultados.

A experiência do colaborador também vem acompanhada da personalização da comunicação, afinal, existem vários públicos internos dentro de uma organização. 

A linguagem usada e a mensagem transmitida devem estar alinhadas à forma com que o público está acostumado a se comunicar.

Fazem parte também da experiência do colaborador a promoção de espaços de trabalho mais confortáveis, trabalho remoto e mobilidade corporativa.

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4. Gamification

O uso de estratégias de jogos para estimular a competição saudável no ambiente de trabalho é mais uma das tendências de RH que você deve acompanhar. 

O recrutamento passivo pode ser um dos processos beneficiados por essa estratégia, que avalia competências técnicas e comportamentais de forma lúdica e divertida.

Também é possível fomentar o espírito de equipe internamente, melhorar a integração entre setores e motivar as pessoas rumo aos objetivos estratégicos da organização criando competições on e offline.

O gamification na gestão de pessoas pode ser usado, ainda, para conscientizar os colaboradores sobre questões importantes, como a correta marcação do ponto online

Quando o controle de ponto digital é implementado na empresa, gera uma porção de dúvidas que podem ser solucionadas por meio de jogos online, quizzes e aplicativos.

5. Métodos ágeis no recrutamento

O Scrum é um framework muito utilizado no gerenciamento de projetos de TI para tornar o processo de desenvolvimento mais ágil e flexível, capaz de responder rapidamente às mudanças mercadológicas.

Ele também é uma das tendências em gestão de pessoas para recrutar e selecionar candidatos mais qualificados, segmentando esses processos em partes menores, mais facilmente gerenciáveis.

Métodos ágeis de gerenciamento de projetos também permitem validar mais rapidamente ideias e processos, conferindo ao recrutamento e seleção a rapidez e assertividade que as organizações necessitam para ganhar competitividade e reduzir custos na contratação e retenção de talentos.

6. Análise de dados

Junto ao uso da tecnologia e da automação de processos, a análise de dados vem para aprimorar a tomada de decisão corporativa, permitindo ao setor de RH compreender melhor as motivações dos colaboradores e assim desenvolver estratégias mais eficazes de gestão de pessoas.

Fica mais fácil identificar perfis de liderança na empresa, profissionais que devem ser promovidos e aqueles que precisam de uma mudança de posição para terem uma atuação mais estratégica para a organização.

Outra aplicação da análise de dados à gestão de pessoas é com relação à escolha do candidato ideal. 

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Usuários de internet deixam diariamente uma série de dados que podem ser cruzados, analisados e utilizados para determinar o profissional ideal para a organização e assim criar uma abordagem ativa das empresas no que tange ao recrutamento e seleção.

A análise de dados oferece, ainda, uma série de indicadores de performance que podem ser usados para aprimorar as estratégias de RH, como índice de satisfação pessoal e coletiva, clima organizacional, preferências por benefícios e melhores formas de remuneração variável.

7. Trabalho remoto

O trabalho remoto já é uma realidade para muitas empresas, mas ainda tem muito a crescer no Brasil e no mundo. 

A geração millenial está mais interessada em modelos de trabalho flexíveis, tornando o home office uma das maiores tendências de recursos humanos para os próximos anos.

De acordo com pesquisas, 91% dos trabalhadores remotos acreditam que são mais produtivos trabalhando a partir de casa. 

A retenção de talentos também é beneficiada com a prática: apenas 35% dos funcionários de uma empresa flexível pensam em deixá-la no prazo de dois anos.

A adoção do trabalho remoto é fruto das transformações pelas quais passam as relações de trabalho, mas também pelas facilidades que a tecnologia traz. 

O uso de um sistema de controle de ponto online permite a marcação dos horários de entrada e saída dos funcionários onde quer que eles estejam e os dados são transmitidos assim que o trabalhador conecta o dispositivo mobile à internet.

A empresa recebe as informações e consolida-as em questão de minutos de forma segura e sem margem de erro, o que contribui para a redução de passivos trabalhistas e aumenta consideravelmente a confiança entre empregados e empregadores.

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8. Equipes de alto desempenho

Os investimentos em treinamento e desenvolvimento deixam de ter foco no técnico-operacional, desenvolvendo as competências necessárias para que as equipes de trabalho façam a própria gestão de suas tarefas, dispensando (ou minimizando) a necessidade de supervisão constante.

Tais treinamentos visam à integração de equipes, coordenação de competências distintas e auto-regulação, a fim de que as atividades sejam cumpridas dentro do prazo, com a maior qualidade possível e sem a intervenção de níveis hierárquicos superiores.

Desta forma, busca-se incrementar as estatísticas de recursos humanos com indicadores qualitativos que permitam dimensionar a evolução da empresa no que tange ao desenvolvimento de conhecimento corporativo e competitividade empresarial.

O investimento em equipes de alto desempenho também fomenta a formação de times multidisciplinares e flexíveis, que se reconfiguram a cada novo projeto e conferem à organização maior dinamicidade para enfrentar os desafios de um mercado em constante transformação.

9. Contratação on-demand

A expansão do trabalho remoto e das modalidades flexíveis de relações de trabalho dão lugar a um trabalhador mais autônomo e dinâmico, motivado a desenvolver projetos de seu interesse, independentemente da organização.

Isso abre espaço para contratações on-demand ou por projetos, nas quais o profissional fica alocado até que seu papel tenha se cumprido para a execução do objetivo da empresa. 

Acabando este prazo, ele parte para uma nova empreitada, seja com a mesma organização ou não.

Essa nova configuração contribui tanto para a redução dos custos de RH quanto para o crescimento das empresas, que podem redistribuir orçamentos de modo a potencializar os resultados mais importantes, isto é, os ligados ao core business.

A contratação de temporários também facilita a gestão de pessoas e o controle sobre a jornada de trabalho, pois a responsabilidade é dividida entre o contratante e a empresa de outsourcing de recursos humanos.

10. RH digital

As tecnologias invadem tanto o setor de recursos humanos que novidades utilizadas antes apenas para marketing e vendas passam a fazer parte do portfólio de soluções da gestão de pessoas.

É o caso dos aplicativos móveis para controle de ponto e consulta a informações trabalhistas, como holerite e banco de horas.

Um bom exemplo é o uso do ponto móvel para equipes externas, que permite acompanhar à distância os horários dos trabalhadores e monitorar trajetos por meio do uso do GPS dos dispositivos mobile

Dessa forma, os trabalhadores ficam livres para aderir ao trabalho remoto, que também é uma das tendências de recursos humanos que devemos acompanhar.

Outra tecnologia que podemos citar são os chatbots, que fazem o atendimento ao público interno de maneira ágil e eficiente, fornecendo dados e aprendendo com base nas consultas feitas pelos trabalhadores.

Essas tecnologias contribuem tanto para a experiência do colaborador quanto para facilitar a internalização de normas e mensagens centrais que a empresa deseja passar. 

Eles também aumentam o engajamento na organização, aproximando os trabalhadores da marca.

11. Feedback contínuo

Os programas de avaliação de desempenho mostram pontos fortes e fracos dos colaboradores, os quais devem ser trabalhados por meio de treinamentos e qualificações. No entanto, apontam esse norte apenas uma ou duas vezes ao ano.

Esse modelo de aprimoramento vem sendo substituído pelo feedback contínuo, que melhora a comunicação e também o aprendizado. 

Assim que o colaborador recebe o feedback, tem a oportunidade de avaliar suas atitudes e assim melhorar sua performance, seja técnica ou comportamental.

O mesmo pode ser feito para os gestores diretos, quando estes abrem espaço para os colaboradores apontarem os pontos de melhoria e os pontos positivos.

O feedback contínuo também evita o acúmulo de falhas que podem se transformar em motivos para o turnover, mantendo os colaboradores sempre conscientes de quais pontos podem ser trabalhados.

12. Benefícios de bem-estar

Não é novidade que a busca por maior qualidade de vida é um dos objetivos da maioria dos trabalhadores. 

Reduzir a quantidade de horas perdidas no trânsito, ter mais tempo para a família e praticar esportes são algumas das metas de muitos profissionais.

Cientes disso e também conscientes de que nem sempre a recompensa financeira é a mais desejada, empresas têm implementado políticas de benefícios voltadas ao bem-estar dos colaboradores.

Convênios com academias, clubes e spas; programas de nutrição; benefícios em forma de viagens; e jornada de trabalho flexível, quando não totalmente em home office, são algumas das medidas tomadas para promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, que devolvem esse investimento em forma de produtividade, resultados e satisfação.

Ao longo deste artigo, apresentamos 12 tendências de recursos humanos para você ficar de olho. Mas isso não significa que elas são as únicas! Confira também cinco tecnologias que vão impactar a gestão de pessoas nos próximos anos!

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