A política de benefícios de uma empresa é um dos grandes diferenciais para atrair talentos e criar vínculos empregatícios de longo prazo. Dentro dos programas mais comuns estão o cartão refeição e alimentação.
À primeira vista, podem parecer a mesma coisa, contudo, existem diferenças gigantescas entre esses auxílios. Apesar dessas vantagens associadas a esses benefícios, escolher entre um deles pode ser uma tarefa complexa, especialmente, quando encaramos a pluralidade no ambiente de trabalho.
Sendo assim, te ajudaremos a compreender a diferença entre o vale-refeição e o ticket alimentação e dar algumas dicas para compreender qual a melhor opção para a sua empresa. Vamos lá?
- O que é cartão refeição?
- Qual a diferença de cartão refeição e alimentação?
- Qual tipo de estabelecimento aceita vale-refeição e alimentação?
- Como funciona o vale-refeição: entenda algumas implicações legais
- Quanto devo pagar pelo vale-refeição e alimentação?
- Como escolher entre vale-alimentação ou cartão refeição?
- É possível vender vale-alimentação ou cartão refeição?
- Como escolher o melhor cartão refeição ou alimentação?
- Próximos passos…
O que é cartão refeição?
O cartão refeição é um benefício oferecido pelas empresas com o objetivo de contribuir para a alimentação de seus funcionários. Com ele, é possível pagar por refeições em geral como almoços, jantares e lanches, por exemplo.
Apesar da praticidade de poder comprar refeições prontas, para que o colaborador tenha acesso, é necessário que o estabelecimento seja conveniado a operadora do benefício.
Aqui já fica uma dica: é muito importante verificar toda a rede conveniada antes de contratá-la, afinal de contas, de nada adianta ter um benefício que é praticamente impossível de ser usado, não é mesmo?
Esta é uma opção muito mais prática do que oferecer alimentação na própria empresa, evitando questões logísticas para que todos fiquem satisfeitos e podendo até mesmo economizar.
A empresa economiza ao oferecer esse benefício
Muitas empresas podem utilizar os custos de criar e manter um vale-refeição como desculpa para não implementar o benefício, contudo, o que poucos não sabem é que ganham desconto nos impostos! A Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 diz que:
Art 1º As pessoas jurídicas poderão deduzir, do lucro tributável para fins do imposto sobre a renda o dobro das despesas comprovadamente realizadas no período base, em programas de alimentação do trabalhador […]
Em outras palavras, a empresa que criar o benefício e regulamentar o Programa de Alimentação do Trabalhador terá desconto no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
Esse programa pode ser instaurado de três formas:
- fornecimento da alimentação;
- autogestão da empresa;
- prestação de serviço de alimentação.
Neste último se enquadra o vale-alimentação ou vale-refeição, ficando a critério do empregador decidir como fazer a gestão do benefício.
Agora, exploraremos a diferença entre o cartão refeição e alimentação para que você nunca mais confunda esses dois conceitos.
Qual a diferença de cartão refeição e alimentação?
Já deixamos claro que o cartão refeição serve para a compra de alimentos durante a jornada de trabalho. Normalmente, isso é realizado em restaurantes, padarias e lanchonetes.
Dessa forma, o vale-refeição permite que o colaborador se alimente nas proximidades da empresa.
Já o cartão alimentação serve para fazer compras em supermercados, açougues e outros locais credenciados.
Assim, toda a família do funcionário é beneficiada, auxiliando todos a ter uma alimentação mais saudável.
Já dá para ver que o cartão alimentação e refeição são muito diferentes, não é mesmo? Tendo isso em vista, como escolher o melhor benefício para os seus colaboradores?
É claro que cada empresa ou até mesmo setor pode responder isso de forma diferente. Tudo dependerá do perfil dos profissionais e dos seus hábitos.
Não somente, algumas empresas dividem o valor do benefício entre os cartões de alimentação e refeição, oferecendo ambas as possibilidades.
Ainda, existem algumas soluções híbridas em que o mesmo valor pode ser utilizado como ambos os programas.
Para te ajudar a identificar como esses programas de reconhecimento profissional podem facilitar a vida dos colaboradores e impactar no dia a dia da empresa, preparamos também um apanhado dos seus benefícios.
Você pode conferir o episódio que fizemos para o nosso podcast sobre Beneflex. É dó dar o play:
As vantagens para a empresa
Quando se fala de um programa que reconhece a importância dos colaboradores, é claro que benefícios como o cartão refeição também impactam a empresa.
Sendo assim, podemos salientar os seguintes como os principais motivos pelo qual uma empresa pode investir no cartão benefício.
Atração e retenção de talentos
Hoje em dia, os profissionais estão à procura de muito mais que um salário, o que torna os benefícios ótimos recursos para atração e retenção de talentos.
Sendo assim, as ações do RH nunca foram tão importantes a fim de oferecer uma employee experience capaz de reter os melhores talentos do mercado. Isso também contribui para algo muito importante, a employer branding, ou marca empregadora.
Em suma, se trata da fama da empresa no mercado de trabalho, se for positiva, ajuda a atrair melhores profissionais.
Aumento da produtividade da equipe
Ações afirmativas e que mostram que a empresa se preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores fazem com que eles se sintam valorizados.
A consequência direta é uma equipe mais motivada e produtiva! E essa motivação também tem um efeito direto no próximo benefício.
Maior integração entre colaborador e empresa
Se tem algo que faz qualquer analista de RH chorar, é ter um trabalhão para desenvolver ações criativas e divertidas e ninguém se animar em participar.
Uma equipe mais motivada é também uma equipe mais integrada e que desenvolveu uma maior lealdade pela empresa.
Pagar menos impostos
Como falamos anteriormente, qualquer empresa que ofereça cartão refeição ou um Programa de Alimentação do Trabalhador consegue economizar o dobro do valor investido no imposto de renda.
Ou seja, é uma ação incentivada pelo Governo e não é para menos, a seguir, você entenderá os impactos que isso tem na vida dos colaboradores.
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As vantagens para o profissional
É claro que um benefício teria muito mais vantagens, que são partilhadas tanto a quem oferece quanto para quem recebe. Veja o que o colaborador tem de vantagem ao receber esse benefício.
Melhora da qualidade de vida do profissional e da sua família
Com mais verba disponível por meio de cartão alimentação, é claro que toda a família pode aproveitar. Seja por fazer compras mais completas ou comer em um lugar diferente de vez em quando, certamente todos ficam muito mais felizes com as possibilidades.
Comodidade de não se preocupar com alimentação
A tranquilidade de saber que você poderá comer em qualquer lugar que aceite o vale-refeição melhora a qualidade de vida de qualquer um.
Não somente, não precisar preparar comida todos os dias ou fazer várias marmitas de uma vez só é bastante cômodo, podendo dedicar toda essa energia a novas atividades.
Qual tipo de estabelecimento aceita vale-refeição e alimentação?
“Ah, simples, o vale-refeição (ou cartão refeição) se usa em restaurantes, padarias e lanchonetes e o vale-alimentação em supermercados.”
Essa é a primeira resposta que sai da boca de muitas pessoas. De fato, ela está correta, contudo, não completa.
Para que esses benefícios possam ser utilizados, os estabelecimentos devem estar credenciados junto à operadora do cartão. Ou seja, antes de contratar esse serviço de uma empresa, é necessário estudar toda a rede credenciada a fim de fazer a melhor escolha para os seus colaboradores.
Não somente, o convênio não é algo permanente, podendo mudar mensalmente. Assim, é importante comunicar ao colaborador qualquer mudança para evitar surpresas.
Vale a pena deixar claro que qualquer negócio pode ser se credenciar, não somente grandes empresas. Isso certamente faz com que seja muito mais cômodo para os colaboradores que podem fazer compras na “vendinha da esquina”.
Como funciona o vale-refeição: entenda algumas implicações legais
Primeiramente, é necessário ter em mente é que, de acordo com a CLT, os cartões alimentação e refeição não são uma obrigação da empresa, diferente do vale-transporte, por exemplo.
Além desta questão, outra dúvida super comum é se é permitido realizar o desconto do benefício na folha do trabalhador.
Bem, o desconto não é obrigatório, contudo, caso opte por entregar o benefício dessa forma, o valor adquire natureza salarial, ou seja, ele será incorporado à remuneração do funcionário.
Muitas empresas não fazem isso, porque aumentam bastante os custos com tributos trabalhistas como o FGTS e o INSS.
Assim, em seu Artigo 458, a CLT determina que os empregadores podem, sim, realizar o desconto do salário, desde que não ultrapassem um valor superior a 20%.
A vantagem de optar pelo desconto é que o benefício não é caracterizado como salário, logo, não entra no rol de obrigações tributárias da empresa.
Como a lei não determina um valor mínimo para o desconto, muitas empresas optam por realizar o desconto de um montante simbólico, dessa forma o efeito “benefício” continua sendo efetivo.
Vale salientar que o pagamento do vale-refeição e alimentação NUNCA devem ser pagos em dinheiro.
Quanto devo pagar pelo vale-refeição e alimentação?
Como o ticket alimentação e o vale-refeição não são obrigatórios, não existe um valor específico para se oferecer aos colaboradores.
Sendo assim, é importante considerar a realidade da empresa, já que não há nada mais desanimador do que precisar descontinuar um benefício, como também o custo de vida do local (seja de restaurantes ou supermercados).
Em alguns casos, também deve-se levar em consideração acordos feitos com sindicatos.
Como escolher entre vale-alimentação ou cartão refeição?
Agora você consegue diferenciar facilmente o vale-alimentação do vale-refeição, mas isso não responde à pergunta que não quer calar: qual o melhor para a sua empresa?
A única forma de responder isso é considerando as vantagens que as empresas oferecem para cada um desses programas e, acima de tudo, a preferência dos próprios colaboradores.
Nesse momento, vale muito a pena ouvir o feedback de todos sobre o assunto e, a depender das empresas disponíveis em sua região, é possível deixar em aberto para que o colaborador escolha na hora de utilizar.
É possível vender vale-alimentação ou cartão refeição?
Essa é outra pergunta muito frequente sobre o vale-alimentação ou refeição e a resposta é bem simples: não! Esses são benefícios pessoais e intransferíveis, sendo proibido por lei a sua venda.
Caso o funcionário faça isso, ele está cometendo um crime e pode ser demitido por justa causa. Isso é considerado um desvio de finalidade, uma vez que se obtém vantagem do ticket.
Como escolher o melhor cartão refeição ou alimentação?
Como já falamos, o que determinará a escolha entre o cartão refeição ou alimentação é a necessidade dos próprios colaboradores, contudo, a empresa precisa garantir que o benefício poderá ser, de fato, utilizado por eles.
Sendo assim, existem alguns aspectos importantes que precisam ser levados em consideração. Os principais são:
- valores cobrados pela empresa;
- o tamanho da rede de atendimento local.
Primeiro, a empresa deve ser capaz de pagar pelo benefício sem que isso comprometa o seu financeiro. Como vimos, ofertar e depois limitar um benefício pode afetar negativamente o clima organizacional.
Não somente, contar com um benefício que dá dor de cabeça na hora de usar é um fator bastante desmotivador.
Imagine só essa situação: para conseguir almoçar em um restaurante que aceita o ticket refeição o colaborador precisa andar 10 quadras. Não parece confortável, não é mesmo?
Próximos passos…
Como você viu, cartão refeição ou alimentação é um benefício que é vantajoso tanto para o colaborador quanto para a empresa.
A escolha por um ou outro pode depender muito da saúde financeira da empresa, quanto da demanda no local onde o negócio está sediado — afinal, é aí onde o colaborador se alimentará.
A discussão sobre benefícios não para por aqui. Que tal ler mais sobre como fazer a gestão de benefícios? Confira em nosso blog!
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