Como profissional de Recursos Humanos, você já está ciente que cada vez mais surgem novos modelos de contratação. A última novidade que está sendo implantada, principalmente na Europa, é a semana de trabalho de 4 dias, depois de mais de um século do modelo de 5 dias, implantado pelo empresário Henry Ford.
As flexibilidades nos modelos de contratação estão em evidência desde a pandemia da Covid-19, que teve início no ano de 2020. A expansão do vírus, naquele momento, sem termos uma vacina, fez com que a maioria das empresas colocasse seus colaboradores em regime híbrido ou home office, para se manterem na ativa e protegerem a saúde da equipe.
Tais mudanças, agradaram muitos profissionais e gestores, já outros, nem tanto. Por isso, o RH deve estar munido de dados comportamentais dos colaboradores e saber sobre a cultura da empresa para definir qual o melhor modelo de contratação para cada um.
Continue a leitura e fique por dentro dos 7 principais modelos de contratação existentes.
- A importância de escolher o modelo de contratação ideal
- O que analisar antes de contratar
- Os riscos de escolher o modelo de contratação errado
- 7 modelos de contratação de colaboradores
A importância de escolher o modelo de contratação ideal
A escolha do modelo de contratação deve ser definido pelo RH, junto dos gestores e líderes, antes mesmo de iniciar o processo de recrutamento e seleção. Afinal, colocar a pessoa certa no local certo é fundamental para o engajamento e produtividade, além da qualidade das entregas.
Ainda, ao escolher o modelo de contratação, é preciso analisar se há realmente necessidade de uma contratação CLT. Isso porque, a carga tributária gerada em cima dos colaboradores é alta, chegando a 65% sobre o salário, impactando de forma significativa a folha de pagamento da empresa.
Assim, é preciso ter em mente que o regime de contratação escolhido impacta diretamente nos resultados e influencia o futuro do negócio. Portanto, é de extrema importância estar atento aos diferentes modelos de contratação, e se eles se adéquam ao modelo de negócio e à cultura empresarial.
Nesse sentido, optar pelo regime home office ou híbrido, por exemplo, pode ser positivo para o colaborador que não precisa necessariamente atuar presencialmente. Há funções que podem ser cumpridas à distância, apenas com uso de ferramentas digitais.
Ainda, o trabalho remoto pode ser altamente benéfico para a empresa, que poderá contratar profissionais que moram em outras cidades, estados e até mesmo em outros países. Essa prática aumenta a diversidade cultural e diminui o tempo de procura por profissionais qualificados.
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O que analisar antes de contratar
Para escolher o vínculo empregatício ideal, primeiramente, considere os custos com a admissão daquele tipo de contratação, se o modelo de trabalho funciona para o cargo e se de fato contribuirá para os objetivos da empresa.
Assim, se o cargo exige dedicação integral, por exemplo, como um líder de equipe, a melhor opção seria o regime CLT. Afinal, a expectativa é que o profissional estabeleça um vínculo de longo prazo com a empresa.
Já no caso de demandas pontuais e esporádicas, optar por um freelancer, pessoa jurídica, ou intermitente pode funcionar melhor e ainda reduzir custos com o regime CLT.
Ademais, se a sua empresa tem uma cultura que busca investir em novos talentos, os estagiários e jovens aprendizes são uma forma de aplicar esse ideal na prática.
Portanto, antes de escolher o regime de contratação é fundamental realizar uma análise com dados sólidos das reais demandas do cargo, candidatos mais adequados e necessidades da organização.
Os riscos de escolher o modelo de contratação errado
A preocupação de escolher o modelo de contratação envolve vários requisitos importantes, como o fit cultural, perfil psicológico, habilidades comportamentais e técnicas do profissional que deverá ocupar a vaga.
Isso porque, um profissional que não tem as soft e hard skills da vaga e do regime de contratação se sentirá desmotivado. Pode abandonar a empresa, gerando custos com demissões que poderiam ser evitadas.
Outro ponto importante é que a desobediência à legislação trabalhista pode trazer também vários prejuízos para a empresa, como multas e processos trabalhistas.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o colaborador pode entrar na justiça contra a empresa em até dois anos após o encerramento do contrato. Medida que também pode ser adotada por trabalhadores PJ.
Portanto, o RH deve estar atento às leis e à reforma trabalhista, Lei 11.788/2008 que se direciona aos estagiários, além da jornada de trabalho correta como as escalas de 12h/36h, dentre outros direitos do trabalhador, para evitar transtornos.
7 Modelos de Contratação de colaboradores
Agora que você já entendeu a importância de escolher o modelo correto de contratação para cada tipo de profissional e demanda, vamos apresentar os 7 principais modelos mais utilizados nas organizações.
1. Carteira assinada
Também conhecido como regime CLT, contratar via carteira de trabalho assinada é o modelo de contratação mais utilizado pelas empresas. O empregador pode optar por um contrato por prazo indeterminado ou, inicialmente, por um período de experiência de 90 dias, dentro das leis da CLT.
No regime CLT, o colaborador tem direitos, como:
2. Regime intermitente
O modelo de contratação de trabalho intermitente também foi regularizado na reforma trabalhista. Sua função pode ser exercida em horas, dias ou meses, por exemplo, o profissional pode cumprir uma jornada das 8h às 12h e das 18h às 21h.
No tempo livre, o colaborador é livre para prestar seus serviços para outras empresas, pois a modalidade não exige vínculo empregatício. Aqui, o profissional recebe por hora trabalhada e não tem salário fixo.
Esse regime de trabalho é ideal para empresas que têm períodos de alta demanda, precisando de suporte na mão de obra, por exemplo, Natal, Páscoa, dia dos namorados, dentre outros.
3. Terceirizado
Antes da reforma trabalhista, era permitido terceirizar somente serviços de limpeza e segurança. Agora, diversas outras atividades podem ser contratadas nesse modelo, como contabilidade, assistência jurídica, serviços de TI etc.
Nessa modalidade de contratação, o profissional responde à empresa de terceirização e não ao ambiente organizacional onde atuam. Mas a empresa contratante deve se atentar a alguns aspectos relacionados ao controle de jornada do trabalhador terceirizado.
4. Estágio
Para contratar um estagiário, é necessário que o profissional esteja cursando ensino médio ou superior e a carga horária não pode ultrapassar 6 horas diárias. Ainda, o contrato, que não possui vínculo com a CLT, e sim com a lei de estágio, não deve ultrapassar 2 anos.
Esse tipo de contratação é muito benéfico para a empresa, que pode moldar o profissional de acordo com as demandas da área de atuação e cultura da empresa, podendo resultar em uma contratação CLT no futuro.
5. Freelancer
O contrato freelancer é feito por meio de PJ ou autônomo, não tendo também vínculo empregatício, atendendo às demandas pontuais.
Essa modalidade teve uma das principais mudanças trazidas pela reforma. Isso porque, com a nova lei, o critério “exclusividade” deixa de fazer parte do conjunto de requisitos que caracterizam vínculo empregatício.
Logo, caso ambas as partes estejam de acordo, a empresa contrata os serviços de um profissional autônomo de forma exclusiva. Atualmente, a maioria desses profissionais tem o registro de Microempreendedor Individual (MEI), emitindo nota fiscal de acordo com os serviços oferecidos.
6. Jovem aprendiz
O modelo de contratação de jovem aprendiz engloba somente estudantes de ensino médio ou técnico de 14 a 24 anos. Mesmo tendo semelhanças com o contrato de estágio, de no máximo 2 anos, o jovem aprendiz tem alguns direitos, como 13º salário, vale-transporte e ainda contribui para o INSS.
7. Teletrabalho
O modelo de contrato do teletrabalho entrou na reforma trabalhista com a Lei 13.467/2017, proporcionando as mesmas condições do regime presencial, mas com alguns adicionais. No regime de trabalho remoto, o colaborador pode exercer as mesmas atividades que executa no escritório, porém fora dele, em qualquer outro lugar.
Ainda, deve constar em contrato quem arcará com custos com equipamentos, luz, internet, dentre outros itens necessários para que o profissional tenha a infraestrutura adequada para exercer suas funções.
Outro benefício, principalmente para o colaborador, é o item de contratação por tarefa, o que permite que o profissional entregue suas demandas com maior flexibilidade por não precisar ter um controle sobre a quantidade de horas trabalhadas.
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Conclusão
Viu só como existem diversas opções de modelos de contratação a que sua empresa pode aderir? O importante é estar atento às mudanças que ocorrem nas leis trabalhistas para que tanto empresa quanto colaborador tenham seus direitos garantidos!
Além disso, não deixe de contar com o auxílio de um software de Recursos Humanos para obter dados mais confiáveis sobre a empresa e seus colaboradores, como cálculo de férias e rescisões, evitando processos trabalhistas por motivo de erros de cálculos.
Essa ferramenta ainda auxiliará você na gestão comportamental, contratando, direcionando e desenvolvendo talentos com o modelo de contratação adequado, melhorando, assim, a motivação, o engajamento, além de muitas outras vantagens.
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Artigo desenvolvido em parceria com o RH Portal.
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