Para profissionais qualificados e de alta performance há uma grande diferença entre procurar por uma vaga de emprego e buscar uma empresa que lhe ofereça bons benefícios como a PLR.
Saiba, inclusive, que esse é um dos diferenciais que mais atraem os melhores talentos para a companhia.
Isso acontece porque não são todas as organizações que oferecem esse tipo de benefício aos trabalhadores, e a PLR pode ser vista como uma grande vantagem competitiva perante os seus concorrentes.
A sua empresa só tem a ganhar quando investe na PLR! Se você está pensando em formas de recompensar seus funcionários e elevar o potencial da companhia em todos os níveis, este artigo é para você!
Continue a leitura para conferir os benefícios e saber como implementar! Vamos falar sobre:
- O que é PLR, afinal?
- Como funciona a PLR e quais as formas mais comuns de pagamento?
- Qual a diferença entre PLR e PPR?
- Quais são os benefícios para as empresas que oferecem PLR? Veja 8 deles!
- Quem pode oferecer a participação nos lucros e resultados?
- Quem tem direito à PLR?
- Como calcular a PLR?
- Como posso implantar a PLR na minha empresa?
O que é PLR, afinal?
PLR é uma sigla para Participação nos Lucros ou Resultados. É um benefício pago pela empresa aos empregados e funciona como um bônus pela participação do colaborador.
O valor recebido é uma porcentagem calculada de acordo com a lucratividade da companhia naquele ano.
A Lei 10.101/2000 regulamenta sobre a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados, mas vale ressaltar que esse não é um benefício obrigatório na legislação trabalhista.
Porém, quando opta-se por pagar os funcionários, é feita uma negociação entre empresa e os empregados por meio de uma comissão paritária ou apoio sindical.
Existem convenções coletivas de várias categorias que estabelecem o direito à PLR e isso deve ser acordado com o sindicato profissional.
Além disso, mesmo que não faça parte dos acordos coletivos, a companhia também pode pagar a participação nos lucros de forma espontânea e isso deve estar definido em contrato ou no regulamento da empresa.
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Como funciona a PLR e quais as formas mais comuns de pagamento?
Como o principal objetivo da PLR é incentivar a busca das metas por meio da valorização do trabalho de cada funcionário, as condições do benefício são flexíveis.
Isso quer dizer que não existe uma estipulação legal que determine a data ideal para pagamento pela empresa.
Por isso, a PLR pode ser paga uma vez por ano ou semestralmente, e isso varia de acordo com o definido em contrato.
Também podem ser combinadas as formas de pagamento a partir da lucratividade da empresa e existem duas maneiras que são as mais adotadas no mercado.
Vamos explicar um pouco mais sobre essas duas modalidades abaixo. Confira!
Pagamento individual ao colaborador ou por setor
No pagamento, de forma separada, a empresa concede o benefício de acordo com o desempenho de cada colaborador durante o período.
Assim, se o funcionário atingir determinada meta, ele recebe o percentual definido sobre o lucro da companhia.
A mesma coisa acontece quando fica acertado que o valor será recebido de acordo com o resultado de cada setor.
Essa é a forma mais utilizada pelas instituições que optam pela PLR, pois é uma maneira mais segura e justa de recompensar pelo esforço individual ou de uma só equipe.
Pagamento para toda a empresa
Nessa modalidade, a empresa estipula uma meta de lucro a ser cumprida no ano e, caso alcance, todos os funcionários receberão um percentual igual.
Isso quer dizer que, independentemente da sua produtividade, assiduidade, comprometimento e outros fatores, o valor da PLR será o mesmo para todos.
Essa opção costuma dividir opiniões de muitos empresários, pois há dois impasses: o primeiro é que a meta pode não ser alcançada e todos ficam sem o benefício, por mais que se esforcem.
O segundo é sobre o quanto é justo alguns colaboradores que produziram mais receberem a mesma quantia que outros que não tiveram resultados tão bons.
Qual a diferença entre PLR e PPR?
A Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) é paga somente quando uma palavra muito importante desse termo é alcançada: a empresa obtém lucros.
Por isso, ela não é uma despesa sem retorno e, sim, um pagamento atrelado à meta que a companhia alcançou e que resultou na sua lucratividade. Ou seja, se não há lucro, não há PLR.
Já o Programa de Participação nos Resultados (PPR), apesar de ter nome semelhante, tem função diferente. Ele não é pago somente quando há lucro, como acontece no primeiro caso.
O PPR está vinculado ao cumprimento de metas específicas do setor ou da empresa, mesmo que não haja lucros. Havendo realização da meta, há também o pagamento.
Apesar de o PPR ser bem-visto por muitos empresários em relação à PLR — pois acredita-se que são metas mais fáceis de serem alcançadas —, a PLR costuma ter uma premiação de valor mais elevado, já que é atrelada ao lucro total da empresa naquele ano.
Porém, é importante que você conheça as diferenças entre um e outro e decida pelo melhor bônus.
Ambos são benefícios não obrigatórios, cabe à empresa decidir se deseja adotar algum deles e qual será a melhor escolha.
Quais são os benefícios para as empresas que oferecem PLR? Veja 8 deles!
A principal vantagem de adotar a PLR surge quando os colaboradores percebem que estão sendo valorizados pelo seu trabalho.
Assim, eles compreendem qual é a função desse benefício e decidem vestir a camisa da companhia em busca de melhores resultados e alta produtividade.
Por isso, as condições devem ser claras para que o time entenda aonde pode chegar e qual patamar pode alcançar por meio desse tipo de incentivo.
Se as equipes estiverem cientes da lucratividade que tanto elas quanto a companhia podem obter com a política de participação nos lucros e resultados, ambos terão benefícios como os descritos abaixo.
1. Aumento no lucro da empresa
Incluir os colaboradores no pagamento pela lucratividade é um fator que motiva os funcionários, e quando eles estão mais engajados tendem a produzir mais.
Dessa forma, a companhia ganha muito em produtividade e, consequentemente, em lucratividade.
No entanto, é imprescindível que os colaboradores participem do planejamento das metas para entender se são factíveis ou não.
Assim, a partir de um diálogo aberto, eles poderão negociar e entenderão quais objetivos precisam alcançar para, então, planejar suas rotinas internas com foco em atingir o propósito.
2. Não onera a folha de pagamento
Uma das grandes vantagens para o empregador é que a PLR não tem ônus tributários, ou seja, não onera a folha de pagamento das empresas.
Esse é um dos motivos pelos quais companhias de diversos portes podem adotar o benefício. Além disso, o valor pago pode ser deduzido do Imposto de Renda das organizações.
3. Melhoria da qualidade do produto ou serviço
Uma entidade só obtém lucro quando alcança suas metas, arca com todas as suas despesas e sobra dinheiro para investir na sua produção, em seus colaboradores, em infraestrutura adequada, melhores insumos, treinamentos para a equipe, maquinários ou em qualquer outra melhoria.
É a partir da lucratividade que a empresa consegue oferecer melhores serviços e alcançar mais clientes (ou atuar em nichos diferentes) e, com isso, expandir o negócio.
Por isso que a PLR é importante, pois estimula o crescimento e contribui para que a instituição não somente arque com seus custos, mas consiga ter uma folga orçamentária e se desenvolver.
4. Sentimento de pertencimento por parte dos colaboradores
Por mais motivados que sejam os funcionários, todos eles gostam de ser recompensados pelo seu trabalho, especialmente se receberem a mais por isso.
Essa valorização desperta o sentimento de pertencimento e a vontade de contribuir com os resultados da empresa. Afinal, eles sabem que todos ganharão com isso.
5. Aumento da produtividade
Quando uma equipe sabe que produzir mais é sinônimo de ganhar mais dinheiro na sua conta — e não benefícios intangíveis como descontos em serviços ou bônus que não fazem tanto sentido —, ela se torna muito mais engajada com o desempenho das atividades em prol do cumprimento da meta.
Isso é possível porque, quando falamos em dinheiro de verdade, normalmente as pessoas valorizam mais do que qualquer outro benefício.
Afinal, com o dinheiro pode-se realizar mais projetos do que com outros tipos de bônus. E precisa de algo mais motivador para produzir do que ganhar um dinheiro extra, além do seu salário?
6. Mais integração das equipes
Quando há o pagamento pela participação nos resultados, as equipes tendem a se tornar mais autorresponsáveis e colaborativas.
Isso contribui para que os próprios funcionários se policiem e acompanhem os resultados uns dos outros.
Colaboradores que entendem o seu papel nos resultados da empresa e sabem que isso definirá a produtividade total e a lucratividade no final conseguem apurar o senso de autogestão, controlar seu tempo para produzir mais e realizar um trabalho mais integrado com o restante do grupo.
7. Redução das taxas de absenteísmo
Funcionários desmotivados tendem a faltar mais no trabalho, seja porque ficam mais doentes por conta do estresse ou outros fatores emocionais envolvidos, ou por não verem mais sentido em permanecer na empresa devido à insatisfação.
Adotar a PLR é uma das vantagens nesse sentido, pois o trabalhador é instigado a produzir mais sabendo que terá benefícios financeiros com isso. E quem precisa aumentar a sua produção não pode faltar no trabalho, certo?
Além disso, se um alto índice de faltas for uma das condições que podem reduzir o percentual recebido em participação nos lucros da empresa, ele se esforçará para faltar menos e ter chances de ganhar mais.
8. Diminuição do turnover
Profissionais que se sentem valorizados e que contam com um bom clima organizacional para trabalhar e produzir mais têm menos necessidade de procurar por outras oportunidades no mercado, pois as chances de ele estar feliz ali são grandes.
Isso contribui para a redução da rotatividade na empresa, ou seja, o turnover, um dos índices que mais prejudicam os negócios e atrasam o seu desenvolvimento.
Como dissemos no início, a oferta de PLR é um dos grandes diferenciais para atrair os melhores profissionais do mercado e reter esses talentos.
Para que não restem dúvidas sobre essas vantagens, elaboramos um resumo que pode ajudar você a decidir se implementa ou não a PLR na sua empresa.
Quem pode oferecer a participação nos lucros e resultados?
Além das vantagens citadas acima, aqui está mais uma em oferecer a PLR: qualquer empresa pode investir nesse tipo de benefício.
Independentemente do segmento ou do porte, se a Participação nos Lucros ou Resultados fizer sentido para o seu negócio, você pode elaborar um plano para incluir seus colaboradores.
Porém, vale ressaltar que o fato de ser abrangente não quer dizer que o pagamento pode ser feito de qualquer forma, de maneira aleatória e sem observar a regulamentação específica.
Reforçando o que dissemos no início: o benefício não é obrigatório, mas se resolver introduzir na empresa, as normas devem ser respeitadas.
Quem tem direito à PLR?
Todos os empregados têm direito à PLR, inclusive aqueles que prestam serviços de caráter temporário.
Porém, os valores podem variar de acordo com a lucratividade, a hierarquia adotada, os cargos, as metas alcançadas individualmente ou por setor, a assiduidade do trabalhador e diversos outros parâmetros estabelecidos pela companhia.
Vale destacar que a empresa que oferece participação não pode retirar o benefício dos trabalhadores como forma de punição.
Ou seja, a supressão deve estar prevista no acordo coletivo, no regulamento da empresa ou no contrato com o colaborador.
Tanto as regras para concessão quanto para retirada devem ser acordadas e estar claras para todos.
Como calcular a PLR?
Como a Participação nos Lucros ou Resultados é um benefício fruto da negociação entre empregador e empregados — por meio de comissão formada por funcionários, representante do sindicato e a empresa, ou por meio de acordo coletivo —, saiba que, assim como no pagamento, não existe uma regra para calcular a PLR.
A Lei 10.101 apenas determina que é vedado o pagamento mais de duas vezes por ano e que os períodos devem respeitar o prazo de intervalo de três meses.
Por esse motivo é que a maioria das empresas prefere definir o prazo semestral para recebimento dos colaboradores ou ao final de todo ano, quando é feito o balanço patrimonial.
Porém, a própria legislação sugere alguns critérios e condições para realizar a negociação, levando em consideração que seja de conhecimento de todos quais serão os períodos de distribuição, de vigência e prazos para revisão do acordo. São eles:
- índice de produtividade, qualidade e lucratividade da empresa;
- programas de metas;
- resultados;
- prazos.
No acordo haverá a definição quanto ao período de pagamento — se o benefício será anual ou semestral — e quais condições os empregados deverão cumprir para ter direito à participação.
Por isso, além dos critérios acima, sugerimos a inclusão de fatores como produtividade individual de todos os trabalhadores e o índice de faltas como critérios determinantes para o cálculo.
Por exemplo: a partir de cinco faltas no ano, será descontada uma porcentagem x da PLR dos colaboradores.
Ou, ainda, quem atingir x% acima da meta estipulada, receberá uma porcentagem maior do que aquele que apenas alcançou a meta — observando sempre a obtenção de lucro da companhia.
Como calcular PLR proporcional?
Levando-se em conta o período acordado para pagamento da PLR, todos os funcionários deverão receber o valor pelo intervalo trabalhado.
Isso quer dizer que se o colaborador foi dispensado da companhia nesse meio tempo, ele terá direito ao valor proporcional aos meses em que trabalhou durante o ano.
Assim, mesmo que o contrato tenha encerrado e o trabalhador receba as verbas rescisórias, ele deverá obter a PLR pelo período finalizado (de forma separada), referente ao pagamento que está sendo feito pela empresa após a sua saída, pois ele contribuiu com determinado resultado.
Como fica a PLR e as questões fiscais do trabalhador e da empresa?
A participação nos lucros não tem natureza salarial e muito menos substitui o salário do colaborador no mês em que ela for paga.
Por isso, ela deve ser entendida única e exclusivamente como um benefício, pois é uma forma de recompensar o funcionário pelo seu trabalho.
Além disso, ela não incide sobre as outras gratificações, adicionais ou comissões e nem sobre encargos trabalhistas.
Porém, a PLR incide sobre o Imposto de Renda dos profissionais e este será descontado na fonte, pelo empregador.
A boa notícia é que a cobrança vai variar do percentual recebido pelo trabalhador.
Como exemplo, se o colaborador receber da empresa até R$ 6.677,55 em participação, ele será isento do imposto. A partir disso, confira a tabela abaixo:
TABELA DO IRF PARA PLR Base de cálculo (R$) Alíquota Parcela a deduzir do IR (R$) De 0,00 a 6.677,55 — — De 6.677,56 a 9.922,28 7,5 % 500,82 De 9.922,29 a 13.167,00 15 % 1.244,99 De 13.167,01 a 16.380,38 22,5 % 2.232,51 Acima de 16.380,38 27,5 % 3.051,53
Como posso implantar a PLR na minha empresa?
Percebeu quantas vantagens a PLR pode oferecer para a sua empresa? Agora é hora de colocar em prática tudo que você aprendeu!
Junto da sua equipe de RH, dos gestores e dos parceiros de negócio é possível elaborar um planejamento cuidadoso e que seja eficiente para definir detalhes desse tipo de pagamento. Selecionamos algumas dicas abaixo.
Defina quais metas farão parte do pagamento da PLR
No tópico anterior, informamos que não há uma regra específica para calcular a PLR e sugerimos alguns fatores que podem ser avaliados para pagamento, caso a organização lucre, certo?
Por isso, analise com calma quais são as metas mais importantes no momento e que devem fazer parte do benefício.
Por exemplo, se o absenteísmo está alto na empresa, ele pode ser considerado para calcular a Participação nos Lucros ou Resultados.
Ou seja, os entraves que impedem o crescimento da instituição — ou que ela tenha um melhor fluxo de trabalho — devem estar claros para que se possa definir as metas com precisão, fazendo sentido para as partes.
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Escolha com atenção a formação da comissão
Para implementação da PLR é necessário definir uma comissão formada tanto por representantes da empresa quanto dos colaboradores e por profissionais indicados pelo sindicato.
A companhia pode convidar as pessoas que estão engajadas em propor melhorias para ambas as partes, por isso, a escolha deve ser estratégica.
Comunique com clareza os termos para pagamento da PLR
Mesmo após a formação da comissão e elaborado todo o planejamento para a implementação da participação nos lucros, é importante realizar uma reunião com todos (ou pelo menos com os gestores de áreas), explicar o objetivo do benefício e passar todos os pontos para esclarecimento dos times sobre o que é PLR na empresa.
Isso evitará mal-entendidos e boatos e ajudará a promover um diálogo mais aberto e de confiança internamente.
Além disso, os líderes devem fazer um acompanhamento próximo de suas equipes para entender como está a produtividade, saber quais gargalos persistem e propor melhorias para que todos consigam alcançar sua meta.
Viu como a PLR é uma ótima forma de incentivar financeiramente seus funcionários e aumentar a lucratividade da companhia?
Se esse é um assunto interessante para você, não deixe de baixar nosso material rico e confira como o bem-estar no ambiente corporativo pode refletir em mais lucratividade para a empresa!
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