De Olho na Carreira: os Cargos em Alta Para o RH em 2022
Tempo de Leitura: 6 minutos Veja quais são os cargos em alta para o RH em 2022 e prepara-se para dar um novo rumo a sua carreira.
Quem não está sonhando em ocupar um daqueles cargos em alta para 2022? Com a virada de ano, os planos pessoais e profissionais estão a todo vapor!
Por exemplo, quem não pensa em ter promoção ou mudar de carreira? Isso é bem comum nessa época.
Pois bem, para ajudar na tomada de decisões do profissional de RH em sua carreira, neste artigo produzido pelo RH Pra Você, falaremos das profissões e as skills em alta para o setor de Recursos Humanos em 2022.
Boa leitura!
- O atual cenário para o RH
- Cargos em alta no RH
- Quais habilidades desenvolver para ocupar um cargo em alta?
- RH cada vez mais tecnológico, mas não menos humano
- Não são só cargos em alta, há mudanças a caminho
O atual cenário para o RH

Diante de todos os desafios impostos pela pandemia de Covid-19, empresas ao redor do mundo precisaram reinventar o seu modelo de trabalho.
Anywhere office, modelo híbrido e maior oferta de benefícios voltados à saúde mental foram algumas das tendências que chegaram para ficar.
No “olho do furacão”, as organizações precisaram ser rápidas e adaptáveis para lidar da melhor forma com o novo e inesperado cenário.
Em meio às transformações e acelerações necessárias, o RH não ficou de fora. Peça vital para que as empresas fossem estratégicas e assertivas em meio à crise, a área demonstrou protagonismo e avançou na transformação digital à medida que mostrou seu poder na tomada de decisões.
Por consequência das novas demandas, a área de Recursos Humanos assumiu de vez um papel que não se restringe às atividades operacionais.
Cuidar de pessoas, trabalhar com dados e indicadores, identificar tendências, inovar em benefícios e promover ações engajadoras são pontos nos quais os negócios não podem mais fechar os olhos para serem competitivos no mercado atual.
E, para cada um deles, o sucesso depende de um RH empoderado.
Em decorrência de tudo isso, os cargos em alta para o RH em 2022 exigem habilidades técnicas e comportamentais que não podem estar em falta no currículo de profissionais que querem se destacar na área.
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Cargos em alta no RH
Com os índices de vacinação aumentando, as organizações já podem determinar quais serão suas estratégias adotadas para o próximo ano. Por isso, a busca por capital humano mostra sua força.
Segundo o Guia Salarial 2022 da Robert Half, os cargos em alta que prometem bombar na área de Recursos Humanos, de acordo com o tamanho de empresa* e salários estimados são:
- Gerente Business Partner: R$ 19,6 mil, R$ 23 mil, R$ 25,95 mil (grandes empresas);
- Coordenador/Especialista de Remuneração e Benefícios: R$ 9,8 mil, R$ 11,5 mil, R$ 12,95 mil (pequenas e médias empresas); R$ 10,6 mil, R$ 12,5 mil, R$ 14,1 mil (grandes empresas);
- Analista Sênior de Treinamento e Desenvolvimento: R$ 6,4 mil, R$ 7,5 mil, R$ 8,4 mil (pequenas e médias empresas); R$ 7,25 mil, R$ 8,5 mil, R$ 9,5 mil (grandes empresas);
- Gerente de Recursos Humanos: R$ 14,45 mil, R$ 17 mil, R$ 19,15 mil (pequenas e médias empresas); R$ 19,6 mil, R$ 23 mil, R$ 25,95 mil (grandes empresas).
*A pesquisa considera pequena e média aquelas empresas com faturamento anual de até R$ 500 milhões. Grandes, acima disso. Com exceção para escritórios na área jurídica, em que pequenos são aqueles com 1 a 30 advogados, médios, de 30 a 150 e grandes aqueles com acima de 150.
Para alcançar os cargos em alta, contudo, é importante se atentar também a quem mais busca profissionais para funções de liderança e gestão no setor. Segundo o guia, os campos que lideram as contratações são:
- tecnologia e telecom;
- startups;
- varejo;
- bens de consumo;
- serviços;
- indústria.
Que tal se inteirar sobre as KPIs no RH? Confira esse nosso episódio do Me Explica Aí!
Quais habilidades desenvolver para ocupar um cargo em alta?
Skills é a palavra da moda entre candidatos e recrutadores. Se antes as habilidades técnicas – hard skills – eram aquelas que destacavam os profissionais.
Hoje as habilidades emocionais/comportamentais – soft skills – são tão importantes quanto e são fatores decisivos para classificar ou eliminar alguém de um processo seletivo.
Entretanto, há sempre o questionamento no ar: quais skills deve-se desenvolver? Pensando no RH, ainda segundo o guia da Robert Half, as habilidades mais procuradas para quem quer ser protagonista na área de Recursos Humanos e conquistar os cargos em alta são:
Hard skills
- programas de liderança;
- estratégias de remuneração;
- inglês fluente;
- estratégias de R&S;
- engajamento e ações de retenção dos profissionais.
Soft skills
- Comunicação;
- relacionamento interpessoal;
- foco em soluções;
- visão analítica;
- visão de negócios.
Além disso, conforme o RH ganha contornos mais digitais, há profissões do futuro que tendem a crescer no mercado nos próximos.
Profissional de people analytics, change management e especialistas em DEI tendem a largar na frente na busca por cargos estratégicos.
Quer saber mais sobre people analytics? Então, escute nosso episódio do Tangerino Talks sobre o tema!
RH cada vez mais tecnológico, mas não menos humano
Com a transformação digital, os profissionais e as empresas ganharam novas ferramentas para sua reinvenção.
O conceito de Mundo VUCA (Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade, na sigla em inglês), que surgiu nos anos 1990, mudou para o Mundo BANI (Frágil, Ansioso, Não linear, Incompreensível, em inglês), o que fez com que os indivíduos se transformassem nos protagonistas do mercado.
Em artigo, a head de Recursos Humanos da Infosys Brasil, Cristina Santos, salienta que um RH humanizado somado ao uso de soluções tecnológicas eficientes não só garante o sucesso profissional como também tende somente a favorecer o trabalho nas empresas.
Conseguir equilibrar o lado humano com a tecnologia é um dos grandes desafios do gestor de RH moderno.
Especialmente quando a tecnologia é, muitas vezes, encarada por candidatos e colaboradores como “vilã”.
Um olhar humanizado inclui a capacidade de montar times diversos e ambientes inclusivos, deixando a tecnologia assumir funções operacionais, mas equilibrando o poder de decisão dos algoritmos.
O profissional moderno de Recursos Humanos deverá ter entre suas habilidades a capacidade de aproximar as pessoas e promover um trabalho em equipe que mescle os mais diferentes perfis de indivíduos.
É responsabilidade dele e das lideranças criar soluções envolventes que flexibilizem processos, engajem colaboradores e os coloquem no centro do negócio.
Confira esses materiais ricos do Tangerino!
📚 [Ebook] Recrutamento Inteligente: como os algoritmos podem colaborar com o seu processo seletivo?
📚 [Kit] Admissão à demissão de colaboradores: como otimizar processos e evitar erros
📚 Guia Completo: O uso da Tecnologia para aumentar a produtividade
📚 [Ebook] Educação corporativa: tudo que você precisa saber sobre o assunto
Não são só cargos em alta, há mudanças a caminho
2022 tende a ser, também, um ano no qual a aprendizagem estará em alta no RH.
O Global Sentiment Survey 2021 revelou que, para os gestores, upskilling (busca por aprimorar conhecimentos em áreas que são já de domínio) e reskilling (aprendizado de novas habilidades) estão no topo das prioridades.
Por conta da pandemia, a dupla, que sequer figurava no ranking em edições anteriores do levantamento, acelerou “de 0 a 100” tão rapidamente à medida que as lideranças identificaram que as mudanças no mundo do trabalho exigem que os profissionais tenham uma preparação diferente da habitual.
Ou seja, precisam ser desenvolvidos de forma a se adaptarem mais rapidamente às atuais e a potenciais novas mudanças que venham no futuro — e elas virão.
O novo cenário exige que os profissionais de RH procurados pelas empresas inovadoras estejam prontos para mudar o seu papel.
Sai o comando e controle e entra a responsabilidade de ser facilitador e motivador, incentivando que as equipes de trabalho olhem para frente e procurem crescer dentro das empresas.
Para especialistas na área, como Débora Mioranzza, VP para a América Latina e Caribe da Degreed, outro fator de atenção é a aproximação entre o C-Level e a área de Treinamento & Desenvolvimento.
Segundo ela, o futuro das empresas estará alinhado à capacidade de aprendizagem e ao desenvolvimento de pessoas.
A tendência já foi identificada pelo LinkedIn, por exemplo. Pesquisa realizada pela plataforma mostrou que, em março de 2020, apenas 24% dos profissionais de T&D achavam que seu departamento tinha um assento na mesa executiva.
Em junho de 2020, esse número subiu para 62%, e, em março de 2021, chegou a 63%.
Débora acrescenta, ainda, que o uso de dados será crucial para que boas estratégias de aprendizagem sejam desenvolvidas.
A executiva pontua que as empresas, com o uso da tecnologia, mapearão quais são as habilidades em falta no seu quadro, de modo a tomar decisões mais estratégicas que envolverão o recrutamento e o desenvolvimento de pessoas.
Um trabalho voltado a desenvolver, inclusive, tem potencial para se tornar uma poderosa ferramenta de engajamento.
*Este artigo foi produzido pela equipe da RH Pra Você.
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